O presidente Jair Bolsonaro voltou atrás com suas críticas e ironias sobre a vacinação contra o novo coronavírus e informou ao Ministério da Saúde que vai se vacinar neste sábado (3).
Segundo informações do jornal Correio Braziliense, Jair Bolsonaro recebeu um alerta do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) sobre os riscos de contaminação com as novas variantes do vírus.
Apesar de já ter sido diagnosticado com a covid-19 em julho do ano passado, o presidente pode ser reinfectado pelo vírus.
Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmaram casos de reinfecção mesmo em pessoas que já possuíam imunidade contra o Sars-Cov-2 (nome científico do novo coronavírus).
No Distrito Federal, onde Bolsonaro mora, já foram identificadas ao menos quatro variantes mais agressivas do novo coronavírus.
Qual vacina o presidente Bolsonaro vai tomar?
De acordo com informações do Correio Braziliense, muito provavelmente, o Jair Bolsonaro deve receber a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com a Fiocruz.
Espera-se que Marcelo Queiroga, o ministro da Saúde, aplique a primeira dose do imunizante no presidente. O GSI deve escolher um local sem grande exposição para que o mandatário receba o imunizante.
Bolsonaro criticou a vacina contra a covid-19
O portal UOL lembra que em 15 de novembro do ano passado Jair Bolsonaro disse em uma entrevista que não receberia a vacina. “Eu não vou tomar vacina e ponto final, problema meu”, disse.
Não foi a única vez que Bolsonaro ironizou ou questionou a vacinação contra a covid-19.
Em dezembro, ele chegou a sugerir que quem recebesse a vacina poderia virar “um jacaré”. “Se você virar um jacaré, é problema de você”, afirmou.
Jair Bolsonaro foi criticado por pessoas do mundo todo
Bolsonaro também é criticado por especialistas por ter demorado a fechar acordos para comprar as vacinas contra a covid-19.
No ano passado, após o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmar que compraria vacinas, Bolsonaro o desautorizou e disse que não compraria as vacinas.
Ao invés da vacinação, amplamente defendida pelos principais cientistas do mundo, Bolsonaro sempre preferiu defender medicamentos sem efeito positivo para a covid-19, como a Ivermectina e a Cloroquina.