auxílio às vítimas

Governo de Pernambuco paga 2 salários mínimos por 3 meses a feridos em protesto no Recife

Duas pessoas foram atingidas no olho por bala de borracha disparada por policiais militares durante o ato

Robert Sarmento
Robert Sarmento
Publicado em 04/06/2021 às 17:29 | Atualizado em 14/11/2022 às 17:40
Hugo Muniz/ Divulgação
FOTO: Hugo Muniz/ Divulgação

O Governo de Pernambuco autorizou o pagamento do benefício eventual ao adesivador Daniel Campelo e ao arrumador Jonas Correia de França, feridos durante protesto contra o presidente Jair Bolsonaro no Recife, no último sábado (29).

As duas vítimas não estavam envolvidos no ato. De acordo com o governo estadual, o valor de R$ 2.200,00 foi liberado nesta sexta-feira (04) e será pago por três meses.

A comunicação desta concessão foi realizada durante reunião na Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE).

O comunicado aconteceu entre os familiares das vítimas, que estavam acompanhados de advogados e defensores públicos, e o procurador-geral de Pernambuco, Ernani Medicis, o procurador Antiógenes Viana e o secretário executivo de Direitos Humanos, Diego Barbosa.

O pagamento será feito pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude.

Uma das vítimas perdeu a visão na ação violenta da PM

O arrumador de contêineres, Jonas Correia de França, de 29 anos, perdeu a visão após ser atingido por uma bala de borracha durante protesto contra o presidente Jair Bolsonaro no último sábado (04), quando apenas passava pelo Centro do Recife.

De acordo com a Fundação Altino Ventura, o paciente recebeu alta médica do Hospital da Restauração (pelo menos da área oftalmológica) porque foi constatada uma melhora do edema na região em volta do olho direito. No entanto, a visão não pode ser recuperada.

Antônio de Pádua deixa SDS após acontecido no protesto no Recife

Seis dias após o protesto contra o presidente Jair Bolsonaro, que terminou com força excessiva de policiais militares e pessoas feridas, o Governo de Pernambuco confirmou que o então o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, colocou o cargo à disposição e o governador Paulo Câmara aceitou.

Com isso, a SDS fica sob o comando do atual secretário executivo, Humberto Freire. O delegado da Polícia Federal Antônio de Pádua estava à frente da Secretaria de Defesa Social desde 1º de julho de 2017.