ECONOMIA

G7 promete doar 1 bilhão de vacinas contra a covid-19 para países pobres e em desenvolvimento até 2022

Esse volume de vacinas a serem doadas pelo G7 já incluem as 500 milhões de doses anunciadas pelo presidente dos EUA, Joe Biden

TV Jornal
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Publicado em 13/06/2021 às 17:34 | Atualizado em 18/07/2022 às 12:48
Raquel Portugal/FioCruz
FOTO: Raquel Portugal/FioCruz

Com informações da Agência Brasil.

O G7, países com sete das maiores economias do mundo, oficializaram neste domingo (13) o compromisso de doação de 2 bilhões de doses de vacinas contra a covid-19 para os países pobres e em desenvolvimento, sendo 1 bilhão de doses distribuidas até o final de 2022.

O compromisso consta na declaração final do encontro de cúpula, ocorrido na Baía de Carbis, na Cornualha, sudoeste do Reino Unido.

O G7 é formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. A reunião do G7 começou na última sexta-feira (11) e terminou hoje. 

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"Tenho o prazer de anunciar que os líderes do G7 prometeram mais de 1 bilhão de doses para os países mais pobres do mundo - outro grande passo para vacinar o mundo", afirmou o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, anfitrião do encontro, em postagem nas redes sociais. 

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"Os compromissos totais do G7 desde o início da pandemia preveem um total de mais de 2 bilhões de doses de vacina, com os compromissos desde nosso último encontro em fevereiro de 2021, incluindo aqui na Baía de Carbis, prevendo 1 bilhão de doses no decorrer do próximo ano", diz o documento oficial da reunião. Ainda não há detalhes sobre quais países serão beneficiados pela doação das vacinas.

Esse volume de vacinas a serem doadas pelo G7 já incluem as 500 milhões de doses anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, a serem distribuídas para mais de 90 países. 

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Além do esforço da doação de vacinas, o documento final do G7 aponta metas para fortalecer ações coletivas de defesa global na área da saúde, incluindo aumento da capacidade de fabricação de vacinas em todos os continentes, melhora dos sistemas de alerta precoce e suporte à ciência na tarefa de encurtar para até 100 dias o ciclo de desenvolvimento de vacinas seguras e eficazes, tratamentos e testes.

Meio ambiente

Tema central do encontro, ao lado da pandemia, a questão ambiental também foi abordada no documento final do G7. Pelo texto, os países falam em apoiar uma "revolução verde que crie empregos, reduza as emissões com vistas a limitar o aumento das temperaturas globais em 1,5 graus [Celsius]".

Entre os compromissos, está o de zerar as emissões até 2050, reduzindo pela metade as emissões coletivas até 2030. O documento menciona a necessidade de melhorar o financiamento do clima até 2025 para conservar e proteger pelos menos 30% das terras e oceanos até o final da década.

Comércio

Em relação à economia, o G7 aponta a necessidade de uma reforma do sistema global de comércio, que torne a economia "mais resiliente", incluindo um novo sistema tributário mundial.

Essa proposta, encabeçada principalmente pelos Estados Unidos, tem o objetivo de criar uma alíquota global mínima que as maiores multinacionais, com atuação global, deverão pagar.

O objetivo é romper com a lógica de concessões tributárias que essas empresas gozam ao longo de décadas para atuar em determinados países.