Transfobia

TRANSFOBIA: Prefeito João Campos lamenta morte de Roberta Silva e promete criar casa de acolhimento à população LGBTQIA+

Roberta Silva morreu na manhã desta sexta-feira (9) depois de ser atacada na madrugada de 24 de junho, no Cais de Santa Rita

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 09/07/2021 às 11:30 | Atualizado em 28/07/2022 às 17:38
Tião Siqueira/JC Imagem
FOTO: Tião Siqueira/JC Imagem

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), lamentou a morte de Roberta Silva, de 33 anos, registrada na manhã desta sexta-feira (9), após duas semanas de internação em um hospital da capital pernambucana.

Ele também prometeu dar o nome de Roberta a uma casa de acolhimento à população LGBTQIA+ que promete criar.

"Lamento profundamente a morte da mulher trans Roberta da Silva. É intolerável qualquer vida perdida para o ódio e para o preconceito", escreveu o prefeito no Twitter.

"Vamos avançar com novas ações para ampliar o atendimento a esta população, como a Casa de Acolhida LGBTI+, que irá receber o nome de Roberta", tuitou.

Roberta foi atacada na madrugada de 24 de junho, no Cais de Santa Rita, um terminal rodoviário localizado no centro da cidade.

Ela teve queimaduras de terceiro grau e 40% do corpo atingido pelas chamas. Antes de morrer, Roberta teve os dois braços amputados. Ela estava intubada desde domingo (4).

Um adolescente de 17 anos foi apreendido sob suspeita de cometer a agressão.

Antes, o prefeito do Recife já havia se pronunciado sobre a morte de Roberta. Um dia após a agressão, João disse ser "intolerável" a agressão sofrida por Roberta.

Outros casos no Recife

Além de Roberta, outras mulheres trans foram mortas no Recife nos últimos dias. Kalyndra Selva, de 26 anos, foi encontrada morta em casa no bairro do Ipsep, no dia 18 de junho. O companheiro dela é o principal suspeito de cometer o crime.

Na última segunda-feira (5), a cabeleireira Crismilly Pérola Bombom, de 37, foi encontrada morta em uma rua no bairro da Várzea. Neste caso, ninguém foi preso.

No interior, em Santa Cruz do Capibaribe, Fabiana de Lucas da Silva, 30 anos, foi morta a facadas na quarta-feira (7).

Um homem de 22 anos, suspeito de cometer o assassinato, foi espancado por moradores da região e está internado em estado grave em um hospital do Recife.