Tristeza

Imagens mostram o desespero de mães passando bebês para militares por arame farpado no Afeganistão

O Afeganistão continua registrando imagens de caos e desespero, após a chegada do grupo extremista Talibã ao país

Karina Albuquerque
Karina Albuquerque
Publicado em 20/08/2021 às 9:28 | Atualizado em 22/03/2022 às 16:51
Reprodução/Sky News
FOTO: Reprodução/Sky News

O Afeganistão continua registrando imagens de caos e desespero, após a chegada do grupo extremista Talibã, que assumiu o poder do país, no último domingo (15).

Depois do tumulto registrado no aeroporto de Cabul, com pessoas se agarrando na lataria do avião das tropas norte-americanas e algumas caindo em pleno ar, cidadãos filmaram mães tentando passar seus filhos pelo arame farpado para que os militares estrangeiros os retirassem do país.

>> Notícias do Afeganistão: Resgate de brasileiros, pressão no governo Joe Biden; saiba mais sobre ocupação do Talibã no país

>> Após conseguir fugir do Afeganistão, menino morre ao cair da janela do hotel

Desespero

As imagens, divulgadas nessa quinta-feira (19), revelaram crianças e bebês sendo passadas de mão em mão, em uma multidão que estava do lado de fora do aeroporto, para chegar até um grupo de soldados britânicos.

Milhares de pessoas continuam esperando do lado de fora do campo de aviação para tentar fugir do país.

 
 

"Foi terrível. As mulheres estavam jogando seus bebês por cima do arame farpado, pedindo aos soldados para levá-los. Alguns ficaram presos no arame", relatou uma testemunha à emissora Sky News.

Apesar da mobilização, o secretário de defesa do Reino Unido, Ben Wallace, disse à emissora que nenhum menor desacompanhado deve ser levado para fora do Afeganistão.

"Não podemos simplesmente levar um menor por conta própria. A criança foi levada porque a família também será levada. É muito difícil para aqueles soldados, como mostram as filmagens, lidar com algumas pessoas desesperadas, muitas das quais estão apenas querendo deixar o país", disse o britânico.

Países como Estados Unidos, Itália, Alemanha e Turquia também estão enviando operações aéreas de resgate ao país.