Economia

Vai ter desconto na conta de luz de quem usar menos energia? Vai ter racionamento? Entenda medidas para combater a pior seca dos últimos 91 anos

Governo quer dar desconto na conta de luz de quem diminuir uso de energia. A situação da seca pode piorar a partir de setembro

TV Jornal
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Publicado em 26/08/2021 às 9:02 | Atualizado em 06/04/2022 às 22:28
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Com informações do SBT.

O Governo Federal elabora um programa para oferecer desconto na conta de luz de quem diminuir o uso de energia, segundo anúncio feito nessa quarta-feira (25).

O programa já tem data para começar. Na pior seca dos últimos 91 anos, os principais reservatórios de hidrelétricas do país estão com menos de um quarto da capacidade, e a situação pode piorar a partir de setembro, quando deve ser lançado o programa novo.

"As perspectivas não são boas. Todos os cenários climatológicos apresentam uma boa previsibilidade no cenário de duas semanas, 15 dias. Daí para a frente a situação é bastante nebulosa", disse o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocci.

De acordo com o ONS, os reservatórios do sudeste e do centro-oeste, que respondem por 70% da geração de energia no país, estão com menos de 23% da capacidade.

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Outras medidas

Nessa quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou um decreto para a redução de 10 a 20% no consumo de energia em prédios públicos federais.

Além disso, no início da semana, o governo já havia anunciado medidas para tentar minimizar o problema, com o lançamento um bônus para grandes consumidores que economizarem energia, como indústrias.

Racionamento

O Executivo não cogita racionamento de energia, por enquanto, como ocorreu na crise hídrica em 2001, mas faz um apela para a população em geral reduzir o consumo, voluntariamente.

Para o professor Ivan Camargo, da Universidade de Brasília (UnB), nem a adoção do horário de verão seria suficiente para amenizar a crise, e ele avalia como insuficientes as ações anunciadas até o momento:

"Eu achei as medidas meio tímidas. A situação que o país se encontra é muito delicada". Ele acrescenta, que se estivesse no governo, "diria para decretar racionamento".