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O que Bolsonaro falou sobre a relação entre a vacinação contra a Covid-19 e AIDS?

A live de Jair Bolsonaro ocorreu na última quinta-feira (21), um dia após a leitura do relatório final da CPI da Covid

Gustavo Henrique
Gustavo Henrique
Publicado em 24/10/2021 às 17:30 | Atualizado em 27/02/2022 às 18:59
Reprodução/TV Jornal
FOTO: Reprodução/TV Jornal

Em sua live semanal, o presidente Jair Bolsonaro (PL) leu uma suposta notícia informando que as pessoas que estão completamente imunizadas estão desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) "muito mais rápido que o previsto”.

A live do presidente ocorreu na última quinta-feira (21), um dia após a leitura do relatório final da CPI da Covid, que pediu o indiciamento de Jair Bolsonaro por nove crimes em função de sua conduta durante a pandemia.

Os médicos mais especializados no assunto do país já desmentiram a hipótese levantada pelo presidente. Clique aqui e entenda porque a fala do presidente é mentirosa.

Vídeo em que Bolsonaro relaciona a vacinação contra a Covid-19 com a AIDS

Na live, Bolsonaro afirma que dará uma notícia grave enquanto pega uma espécie de jornal. Ele diz que não fará comentários a respeito, mas cita que já falou do assunto no passado. Confira o vídeo:

 

"Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados - aqueles com 15 dias após a segunda dose - estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (aids) muito mais rápido que o previsto. Recomendo que leiam a matéria. Não vou ler aqui porque posso ter problemas", disse o presidente.

Nota do Comitê de HIV/AIDS da SBI

O Comitê de HIV/AIDS da SBI disse que "não se conhece nenhuma relação entre qualquer vacina contra a COVID-19 e o desenvolvimento de síndrome da imunodeficiência adquirida".

Por meio de nota, o Comitê também esclareceu que pessoas que vivem com HIV/AIDS devem ser completamente vacinadas contra a Covid-19.

"Destacamos inclusive a liberação da dose de reforço (terceira dose) para todos que receberam a segunda dose há mais de 28 dias. Repudiamos toda e qualquer notícia falsa que circule e faça menção a esta associação inexistente", diz o texto, endossado pela Associação Médica Brasileira (AMB).