O ator e diretor Wagner Moura falou, durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, desta segunda-feira (1º), sobre o seu filme "Marighella", que conta a história do guerrilheiro brasileiro durante a ditadura militar.
O longa dirigido por Wagner Moura chega às telonas no próximo dia 4 de novembro, data em que completa 52 anos da morte de Carlos Marighella.
Mesmo sem ter sido lançado, a produção já acumula mais de 45 mil avaliações no site “IMDb”, agregador de filmes e séries. Com a enxurrada de avaliações, a maioria negativa, os internautas deram à obra a nota média de 3,6 - de um total de 10.
Além da campanha difamatória, o filme sobre a vida de Carlos Marighella, também sofreu boicotes promovidos pela Agência Nacional do Cinema (Ancine). Wagner Moura falou sobre a situação.
“Eu não tenho medo dessa gente porque eles são covardes. Eu acho o seguinte: fazer um filme sobre Marighella no Brasil de hoje faz parte de um enfrentamento do qual eu tenho muito orgulho de participar".
"E acho que nós precisamos fazer esse enfrentamento contra o fascismo. Os ataques foram todos. A questão com a Ancine é uma questão absolutamente clara para mim de censura", afirmou.
Veja:
O ator e diretor #WagnerMoura fala sobre as ameaças que recebeu durante a produção do filme “Marighela” no #RodaViva pic.twitter.com/r3l8tmjQc7
— Roda Viva (@rodaviva) November 2, 2021
Sobre o filme Marighella
O filme “Marighella” é baseado na biografia "Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo", de Mário Magalhães, e o personagem principal é interpretado pelo cantor e ator Seu Jorge.
Alvo de ataques de grupos de extrema direita, o longa conta a história desse personagem da história do Brasil que se tornou um guerrilheiro durante a ditadura militar do país.
Carlos Marighella morreu na noite de 4 de novembro de 1969, aos 57 anos, após ser surpreendido em uma emboscada, em São Paulo. Ele foi morto a tiros por agentes do DOPS.