O sargento da radiopatrulha, acusado de assassinar um agente da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), prestou depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na tarde desta quarta-feira (4). O oficial Manoel Santos, 53 anos, teria confundido a vítima, Edmar Gomes Ferreira, e o colega de trabalho como supostos assaltantes. O crime aconteceu em frente a uma oficina mecânica no bairro de Caetés, em Abreu e Lima.

Segundo testemunhas, os agentes socioeducativos estavam dentro de um veículo quando foram alvejados. De acordo com peritos do Instituto de Criminalística (IC), o local do crime foi violado pois o carro não estavam no local de origem. Um policial da radiopatrulha afirmou que Manoel trabalha a 32 anos na corporação e sempre teve uma postura exemplar. O acusado teria pedido, algumas semanas atrás, para entrar na reserva militar. Ele esperava apenas a publicação e estava abalado com a fatalidade.

O agente socioeducativo que dirigia o carro também esteve no DHPP para prestar depoimento. Além dele, os funcionários da oficina mecânica foram chamados como testemunhas. Segundo o advogado de Manoel, o cliente relatou que os dois homens estacionaram em frente ao estabelecimento supostamente armados e não atenderam a ordem dele para que abrissem o vidro do veículo e se identificassem. Ainda de acordo com o sargento, apenas um disparo foi realizado contra o carro.

Depois do depoimento, Manoel Santos foi liberado porque acionou imediatamente a polícia, logo após a ocorrência, e por ter se apresentado voluntariamente. Ele irá responder ao inquérito em liberdade. Segundo o delegado responsável pelo caso, Paulo Furtado, a arma do sargento foi apreendida e todas as testemunhas já foram ouvidas. O oficial poderá ser indiciado ou não pelo homicídio, dependendo das investigações.