O álcool, produzido por fermentação a partir da cana de açúcar, está em falta na maioria dos postos de combustível do Grande Recife. O etanol, antes ignorado pela maioria dos proprietários de veículos flex, passou a ser visto com outros olhos desde o aumento da gasolina no final de janeiro. Mas a grande procura surpreendeu muitos donos de postos e distribuidoras. Quem ainda encontra o combustível nas bombas, aproveita para encher o tanque.
A matemática passou a ser usada no momento de abastecer. Se o preço do litro do álcool for equivalente até 70% do valor da gasolina, vale a pena optar pelo etanol. Segundo o presidente do Sindcombustíveis, Alfredo Pinheiro Ramos, Pernambuco possui cerca de 1300 estabelecimentos e muitos não estão preparados para atender ao consumidor. Apesar da alta demanda, a falta do combustível ou elevação dos preços não deve acontecer nos próximos meses.
De acordo o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar), foram produzidos 270 milhões de litros de etanol até dezembro do ano passado. O consumo médio mensal do Estado é de 12 milhões do combustível, o que garante o fornecimento do produto pelos próximos 10 meses.