A polícia começou a ouvir as primeiras testemunhas da morte do professor José Bernardino da Silva Filho, encontrado morto no último sábado, em seu apartamento, no Edifício Módulo, no bairro da Boa Vista. Entre os interrogados está o rapaz que teria encontrado o corpo dentro do imóvel. O garçon Rafael Gouveia Torph, 21 anos, e o amigo dele, Richard Breno Cavalvanti, 19, prestaram depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, e foram liberados. Na saída, eles negaram participação no crime.

De acordo com o delegado Alfredo Jorge, que investiga o caso, há contradição no depoimento das testemunhas. Ele disse que, para concluir o inquérito, vai ouvir ainda novos depoimentos e aguardar as perícias feitas no apartamento do professor, inclusive as impressões digitais. Os rapazes foram liberados porque, segundo o delegado, não há elementos para prisão em flagrante.

O auxiliar de coordenação foi encontrado despido, amarrado com fios de um ventilador e com marcas de pancadas dadas com um ferro de passar roupa no rosto. A polícia científica realizou perícia no local e o delegado solicitou imagens das câmeras de segurança do edifício.

O corpo de José Bernardino da Silva Filho foi enterrado no Cemitério de Santo Amaro na presença de familiares e amigos. Para eles, a hipótese de que a vítima era homossexual e que o crime pode estar relacionado ao envolvimento dele com garotos de programa estaria descartada.