Caso Itaíba

Julgamento: testemunhas da morte do promotor Thiago Faria são ouvidas

TV Jornal
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Publicado em 25/10/2016 às 8:50

-Reprodução/TV Jornal

Começou na manhã desta terça-feira (25), na sede da Justiça Federal de Pernambuco (JFPE), no bairro do Jiquiá, na Zona Oeste do Recife, o segundo dia de julgamento dos três acusados pela morte do promotor Thiago Faria Soares, no dia 14 de outubro de 2013, na cidade de Águas Belas, no Agreste de Pernambuco. Nesta fase, estão sendo ouvidas cinco testemunhas de defesa e uma de acusação.

José Maria Rosendo Barbosa é apontado como o mandante do crime e José Maria Domingos Cavalcante, Adeildo Ferreira dos Santos, Antônio Cavalcanti Filho e José Marisvalto Vitor da Silva, são apontados como executores. No primeiro dia do julgamento, que ocorreu esta segunda-feira (24), prestou depoimento o Delegado da Polícia Federal, Alexandre Alves, como testemunha de acusação, e a ex-noiva do promotor, Mysheva Freire Ferrão Martins, que foi ouvida por mais de três horas, na condição de vítima.

Mysheva, que estava no carro do promotor assassinado, reafirmou as informações já anexadas ao processo, mas não falou com a imprensa. Por outro lado, a família de José Maria contou que tudo é uma grande injustiça. “Nós estamos com a verdade e quem devia estar no banco dos réus não está”, contou o cunhado, Carlos Ubirajara, que chegou a ser preso pela polícia, mas foi liberado.

Segundo o procurador do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Alfredo Falcão, não existem dúvidas sobre a participação dos acusados. “Ficou claro que a nossa acusação está embasada em provas robustas e técnicas, que mostram não só a materialidade do crime, mas também a autoria”, concluiu.

O crime

O promotor Thiago Faria seguia do município de Águas Belas para Itaíba, no Agreste do Estado, quando foi interceptado por um carro desconhecido, de onde partiu vários disparos de espingarda. O promotor no resistiu aos ferimentos e morreu no local. A noiva Mysheva Martins e o tio dela, também estavam no carro, mas não foram atingidos. As investigações apontam que a motivação do crime teria sido a disputa por uma fazenda de 25 hectares, no valor estimado em R$100 mil.