Uma pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o Recife é segunda capital do país com cesta básica mais barata. O levantamento que teve como base o mês de outubro em relação a setembro, aponta que a cesta da capital pernambucana é de R$373,66, perdendo apenas para a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, que ficou em R$366,09.

O preço do açúcar subiu 15,41% no Recife, a maior alta entre as 27 capitais pesquisadas. Um dos motivos apontados pelo Dieese é o preço do açúcar demerara no mercado internacional, o que incentivou as usinas a manter o valor do produto, apesar da demanda estável. A farinha também registrou crescimento de 6,70% no preço. Também apresentaram alta carne (4,04%) , tomate (1,93%), café (1,34%), manteiga (1,23%) e o óleo (0,25%) .

Por outro lado, a banana registrou a maior redução (8,75%) dentre os alimentos pesquisados. Os preços do feijão (-8,07%), leite (-6,53%), arroz (-0,54%) e o pão (-0,12%) também caíram. Os motivos para a queda do feijão é a normalização da oferta do grão carioca e a menor demanda devido aos altos preços no varejo nos últimos meses. A oferta de leite também foi regularizada.

Salário

Para poder comprar o conjunto de alimentos, o morador do Recife empregou 46,15% do salário mínimo e trabalhou 93 horas e 52 minutos em outubro. O valor do salário mínimo necessário para comprar alimentos em uma família de quatro pessoas é de R$ 4.16,27. O cálculo é feito em base na cesta básica mais cara, a de Porto Alegre, que custa R$ 478,07.