Desde o fim do convênio entre a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) e a Caixa Econômica Federal (CEF), em 1º de maio, os pernambucanos estão tendo muita dor de cabeça, na hora de pagar a conta de luz. Nessa segunda-feira (18), uma audiência discutiu o assunto na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Enquanto o problema não é resolvido, muitas famílias já estão com as contas atrasadas. A dona de casa, Maria José, por exemplo, já acumula duas contas de energia em atraso. "O medo é que corte, né? Eu estou com uma atrasada e a outra chegou agora há pouco", afirma.

Segundo a auxiliar de serviços gerais, Eliane Ferraz, na área onde ela mora, na Caxangá, não há nem pontos para pagamento da conta. "A gente tem que pagar passagem de ônibus para ir à cidade pagar a conta de energia", reclama.

Em nota, a Celpe afirmou que não tem como renovar a parceria com a Caixa, porque o banco está exigindo um aumento de cerca de 70% no valor do contato. Já a CEF justifica alegando que há seis anos não há reajuste no valor do contrato com a Celpe.

Celpe

Sobre os estabelecimentos que foram denunciados por cobrança de taxa extra, a celpe informou que eles foram descredenciados. Além disso, disse que é possível denunciar ao Procon, à Delegacia do Consumidor e à própria Celpe. Uma nova audiência sobre esse caso vai ser marcada, porque nenhum representante da Caixa Econômica compareceu à de ontem.