Parto

Dificuldade de achar maternidade no Estado é drama na vida de grávidas

TV Jornal
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Publicado em 04/07/2018 às 8:50

-Reprodução/TV Jornal

A dificuldade de achar maternidade no Estado é o drama de muitas mulheres grávidas que esperam o mínimo de assistência para ter seus filhos. A operadora de caixa Erika Souza Campos, de 34 anos, é uma dessas mães que reflete o sofrimento e uma dor de perda.

Moradora do município de Jaboatão de Guararapes, na Região Metropolitana do Recifem, ela peregrinou por quase uma semana, por diversas unidades de saúde do Estado em busca de uma vaga nas maternidades.

Ela só conseguiu ser atendida em Olinda, no tricentenário, na sua 41º semana de gravidez. O bebê, que se chamaria Leonardo teve insuficiência respiratória e não sobreviveu. O caso aconteceu em 2016, e até hoje ela culpa os funcionários por destruir seus sonhos de ser mãe.

"No começo eu cheguei a me culpar, eu não conseguia falar nada. Eu acho que não estava acreditando. Foi uma semana peregrinando sem ter ajuda de ninguém", explica.

Sindicato dos Médicos

A situação alarmante já foi confirmado e denunciado pelo Sindicato dos Médicos. "As mulheres não estão vinculadas ao Centro de Referência para Parir, então elas vem sendo transferidas de ambulância de um serviço a outro", explica a vice-presidente do Simepe, Cláudia Beatriz Andrade.

Nas cidades de Itapissuma, Itamaracá, Igarassu, Araçoiaba, Paulista, São Lourenço da Mata e Moreno não realizam partos, ou porque elas não tem maternidades ou porque essas foram fechadas pelos municípios. Esta falta faz com que muitas venham ao Recife. Na capital são quatro maternidade municipais, que realizam em média 1.200 partos por mês.

Reportagem

No programa do Notícias da Manhã desta quinta-feira (5) trará informações de como o dinheiro público é desperdiçado em obras de maternidades que se arrastam há anos ou estão paralisados no Estado.

O dilema do Sistema Único de Saúde (SUS) também será debatido em programa da Rádio Jornal, às 11h desta quarta-feira (4).