Jaboatão dos Guararapes

Mãe denuncia rejeição de filho deficiente e falta de estrutura escolar

TV Jornal
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Publicado em 31/08/2018 às 7:20

-Reprodução/TV Jornal

A luta de Marcela Gomes para proporcionar ao filho com deficiência uma educação melhor começou desde os primeiros anos de vida da criança. O pequeno Gean nasceu com uma má formação no crânio, problema neurológicos e hidrocefalia. Devido às necessidades especiais, a mãe só o matriculou na escola aos seis anos. A partir daí, começaram os transtornos.

Ela conta que procurou uma escola particular do bairro de Vista Alegre e para a sua surpresa, o filho não poderia estudar com os outros alunos, por representar custos adicionais para a instituição. Em dezembro do ano passado, surgiu o que parecia uma esperança, na Escola Municipal Leusa Pereira, localizada em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife.

A instituição prometeu que a criança teria acompanhamento no início das aulas, que começariam em fevereiro deste ano. Oito meses depois, com o ano letivo quase acabando, esse profissional que daria apoio ao menino nunca chegou. “A profissional responsável pela direção do colégio disse que nunca chegou ninguém e disse para eu ir à Prefeitura”, explica.

Lei

O direito de a criança com deficiência estudar em qualquer escola é garantido pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. A equipe de reportagem da TV Jornal foi até a escola particular procurada pela mãe, no ano passado. A diretora preferiu preferiu não gravar entrevista, mas negou que Gean tenha sido discriminado. Segundo ela, o motivo de não matricular a criança foi porque a turma do Primeiro Ano do Ensino Fundamental já tinha atingido a capacidade máxima de estudantes.

Resposta

Por meio de uma nota enviada à imprensa, a Secretaria de Educação de Jaboatão dos Guararapes informou que houve uma seleção simplificada para contratação de profissionais que vão dar apoio às crianças e jovens com deficiência. Esses profissionais já começaram a ser convocados.

No caso do aluno Gean Vitório Ferreira do Rêgo, a Secretaria de Educação informou que, na próxima segunda-feira (3), a situação já estará regularizada na escola Leusa Pereira e terá um profissional para dar apoio ao estudante.