Dez pacientes com Síndrome Congênita do Zika Vírus, a microcefalia, que recebem tratamento na Fundação Altino Ventura, no bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife, irão iniciar sessões de equoterapia. A partir desta sexta-feira (29), no Centro Hípico Zona Sul, no bairro de Candeias, Jaboatão dos Guararapes, tem início a atividade. A ação faz parte do Projeto Equo Sólidário, uma parceria da FAV com a EquoAmar.
O trabalho se propõe a avaliar, por um ano, os benefícios da equoterapia no tratamento de crianças com a Síndrome Congênita do Zika Vírus. As sessões acontecerão sempre às sextas-feiras. O método utiliza o cavalo como principal agente de estímulo nas sessões de terapia, contribuindo para o desenvolvimento do equilíbrio, postura, coordenação motora, sensibilidade tátil, visual e auditiva, além de facilitar a integração social da criança. Por ser tridimensional, a marcha do cavalo permite ainda um melhor controle cefálico e de tronco do paciente, aumentando o tônus muscular. Esses benefícios se refletem na qualidade de vida dos pacientes.
Avaliação
Antes de iniciarem o processo terapêutico, as crianças passaram por avaliações fisioterapêutica, psicológica, de neurofeedback e neurometria funcional para análise da atividade cerebral. De acordo com a psicóloga Cláudia Marques, a equoterapia promove a harmonização da equipe, estabelece vínculos de respeito, confiança entre os profissionais envolvidos, a família, a criança e o cavalo. “Também contribui para a melhoria da auto-confiança, condição essencial para desenvolver afetividade. “O cavalo é uma facilitador de novas experiências em todos os aspectos, iniciando no campo das emoções e desencadeando muitos ganhos físicos, sociais e emocionais”, frisou.
A ação faz parte do Projeto Semear, estudo que está avaliando o neurodesenvolvimento de crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus por cinco anos.