Por meio de um decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União, nessa quarta-feira (4), o Governo Federal incluiu a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), órgão responsável por gerar o serviço do Metrô do Recife, no Programa Nacional de Desestatização.
Na prática, a resolução permite que o metrô deixe de ser responsabilidade do poder público e seja repassado ao setor privado. Entre os passageiros, as opiniões sobre as possíveis mudanças variam: alguns acreditam em uma melhoria no serviço e outros temem maior sofrimento.
>>>Homem arrisca vida entre dois vagões do metrô
>>>Vigilante morre ao cortar caminho pela linha férrea do Metrô do Recife
Confira a reportagem
Sofrimento
Parte dos passageiros acredita que a privatização não trará nenhum benefício: pelo contrário eles temem um novo aumento e acreditam que a mudança dificultará ainda mais a vida de todos. "Eu acho que vai aumentar o valor e quem vai sofrer é o povo, mais uma vez. Sou contra, totalmente contra", afirmou o usuário Diego Alberto.
>>>Falha elétrica interrompe tráfego do metrô e dificulta passageiros
Orçamento reduzido
Para o presidente do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco, Adalberto Ferreira, a desestatização não é o caminho para a melhora do serviço. "A saída é o Governo entender que é obrigação dele e faça os investimentos necessários. Não estamos vendo isso nos últimos anos. Como vamos continuar a qualidade do serviço, se o orçamento vem sendo reduzido?", disparou Adalberto.
>>>Saiba como está o funcionamento do Metrô do Recife nesta quarta
>>>CBTU identifica causa dos problemas no metrô do Recife
Paulo Guedes
Segundo o superintendente da CBTU, Leonardo Villar, o assunto estava sendo debatido há um bom tempo. "Isso já vem sendo pensado e estudado. Desde que o Paulo Guedes entrou no Governo, que ele estuda as empresas a serem postas a concessão, mas não há nada definido até o momento", afirmou Villar.
CBTU
Além do Recife, a CBTU opera nas cidades de Belo Horizonte, Maceió, João Pessoa e Natal.