Homenagem

Especial Graça Araújo: amigos e familiares relembram legado da jornalista

No próximo domingo (08), é completado 1 ano da morte da jornalista Graça Araújo

Divulgação/ Cine PE
FOTO: Divulgação/ Cine PE

A jornalista Graça Araújo é símbolo de garra, competência e ética. No próximo domingo (8), um ano da morte da apresentadora se completa. A carreira de Graça, marcada pela característica de sempre defender do público e levar a informação com qualidade aos ouvintes e telespectadores em sua voz marcante, ficou na história do jornalismo pernambucano.

Quase um ano depois da morte dela, a TV Jornal presta uma homenagem a esta jornalista, tão querida pelo público. O trabalho dela rendeu frutos em todos os lugares: na cultura, no jornalismo, nas ruas e avenidas do Recife, no coração de amigos e na família desta grande apresentadora.

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Confira a reportagem especial

Emoção de Geraldo Freire

O comunicador da maioria, Geraldo Freire, se emocionou ao falar da amiga durante entrevista para o especial. "Eu gostava dela como jornalista mas também como pessoa, muito mais. A nossa relação de pessoa foi sempre maior do que a de trabalho. A gente fala muito de Graça, chora, mas o danado é que cada vez mais lembramos dela", disse Geraldo, entre lágrimas.

Carreira

A história de Maria Gracilane Araújo da Silva começou no município de Itambé, na Zona da Mata de Pernambuco. Aos 62 anos, Graça Araújo é conhecida pelo profissionalismo singular. A jornalista, que foi apresentadora do TV Jornal Meio Dia e radialista na Rádio Jornal, conquistou prestígio por sua postura coerente, além do compromisso com a verdade. O tom preciso em suas declarações tornou-a querida e admirada por se posicionar em defesa dos interesses do cidadão pernambucano.

Graça não chegou a conhecer o pai, que faleceu quando ela ainda era pequena. Com oito irmãos, ainda nova teve que se mudar para São Paulo com a família para tentar uma vida melhor. Ainda adolescente, aos 14 anos, ela começou a trabalhar em uma fábrica, passou pelo comércio, por uma seguradora e chegou a um banco.

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Representante dos direitos dos cidadãos, a apresentadora que, diariamente, divide informações em defesa da opinião da população, tanto na TV quanto na Rádio Jornal não sonhava em ser jornalista inicialmente, mas sim médica. Graça decidiu pelo jornalismo quando foi contratada para ser secretária de um diretor de redação de uma revista técnica em São Paulo. Teve contato com outros jornalistas e percebeu que "se bem feito, esse ofício, eu poderia curar mais feridas, fazer mais curativos, fazer outras cirurgias, que talvez fossem mais relevantes do que essas que tanta gente sabe fazer".

No sudeste, estudou jornalismo em 1987, pela Faculdade Integrada Alcântara Machado, e chegou a pensar em fazer carreira com correspondente, mas optou por voltar as origens. Após a formatura, veio para o Recife, onde iniciou a carreira na Rádio Transamérica.

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Em perfil escrito pelo jornalista Diogo Cavalcante em fevereiro deste ano, Graça afirmou que sempre foi apaixonada pelo rádio, mas que demorou a chegar ao veículo porque precisava trabalhar para se sustentar e alcançar uma posição consolidada na profissão.

Trabalhou depois na Rádio Clube e em seguida, iniciou a trajetória na televisão, passando pela TV Machete, TV Pernambuco e finalmente a TV Jornal, onde estreou o TV Jornal Meio-Dia em setembro de 1992. Em 2001, foi convidada para integrar a Rádio Jornal e apresentar o programa Rádio Livre e o Consultório de Graça, que surgiu da vontade que ela tinha, quando criança, de ser médica.

Em 2010, recebeu o título de cidadã recifense da Câmara Municipal da cidade. No dia 13 de agosto de 2018, recebeu das mãos do presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Adalberto de Oliveira Melo, a Medalha do Mérito Judiciário Desembargador Joaquim Nunes Machado, condecoração dada a personalidades e magistrados que se destacam no trabalho pelo relevante serviço prestado para o campo jurídico.