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Manhã de caos no Grande Recife por causa da greve de ônibus

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Publicado em 01/07/2013 às 12:45

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A manhã desta segunda-feira (1º) foi complicada para os trabalhadores que dependem do transporte público por causa do início da greve dos motoristas e cobradores de ônibus do Grande Recife. Foi preciso ter paciência para conseguir chegar ao trabalho. Os maiores problemas foram enfrentados nos Terminais de Integração, onde houve muita confusão. No início da manhã, poucos ônibus circulavam no Centro do Recife e muitos passageiros se queixaram da demora dos coletivos.

No T.I. de Joana Bezerra, houve muito empurra-empurra na hora de embarcar nos ônibus. Um dos coletivos chegou ao terminal com a janela quebrada. De acordo com o cobrador, dois homens em uma moto atiraram a pedra no bairro de Dois Unidos. Na Avenida Guararapes e na Ponte Duarte Coelho, os ônibus pararam e o trânsito teve que ser desviado. Muita gente desceu dos coletivos e seguiu para o trabalho a pé. Já no Derby, poucos ônibus circulavam. Em Olinda, houve confusão e protesto no terminal da PE-15. Algumas empresas descumpriram a determinação da Procuradoria Regional do Trabalho e contrataram profissionais para substituir temporariamente os motoristas. Um dos condutores parou o ônibus e mandou os passageiros descerem. Irritados, os usuários interromperam a passagem de outros coletivos por algum tempo.

A greve também deixou prejuízos no Cabo de Santo Agostinho. Por volta das 5h, um ônibus teve os pneus furados por dois homens armados e ficou atravessado na PE-60. Outros três coletivos também foram atacados. Muitos trabalhadores que iam para Suape ficaram parados por horas no engarrafamento gerado. Alguns operários fecharam o outro lado da via, no sentido Recife, revoltados por não terem sido liberados pelos patrões no dia de greve. No fim da manhã, o coletivo foi retirado da pista e o trânsito começou a se normalizar.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Ônibus, apenas 56% da frota estava na rua, nesta segunda, diferente dos 80% estabelecido pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), para os horários de pico. Já o Grande Recife Consórcio de Transporte afirmou que 48% dos veículos estavam na rua. A multa prevista pelo não cumprimento é de R$ 100 mil por dia.

À tarde, haverá mais uma audiência entre a categoria e os patrões no TRT. Neste encontro será julgado se o primeiro dia da paralisação foi abusivo ou não e também será definido se o reajuste será dado através de dissídio. A categoria pede um aumento salarial de 33% para motoristas e fiscais, equivalente ao reajuste da cesta básica. Já para os cobradores, o pedido é de 80% de aumento. Em contrapartida, os donos das empresas de ônibus ofereceram 3% de reajuste.

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