Sinal de Alerta 2

Rio Capibaribe sofre com poluição e extração ilegal de areia

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Publicado em 27/08/2013 às 10:31

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O Rio Capibaribe é um dos mais importantes de Pernambuco, mas sofre com a poluição, o descuido e a extração ilegal de areia. O rio recebe o esgoto de mais de dez municípios durante o curso de Santa Cruz do Capibaribe até o Recife. Essa mesma água mata a sede de seis em cada dez pernambucanos.

Até chegar às torneiras com qualidade, a água do Capibaribe passa por um processo de tratamento caro. A escassez também é um problema. Pernambuco é o estado com menor relação de água por habitante: apenas 1.320 metros cúbicos por ano. A situação se agrava com os efeitos do clima. Na cidade de Santa Cruz do Capibaribe, o rio só tem água na superfície por oitos meses. Durante os quatro restantes, tem início o fenômeno do rio de areia, que armazena a água da chuva no subsolo e acontece em 80% do Nordeste. Quando chove, a água se infiltra na areia do leito do rio e essa areia encharcada é responsável por conservar a água durante os períodos de estiagem.

Mas por causa da extração irregular de areia, o fenômeno do rio de areia está desaparecendo do Capibaribe. A terra molhada que fica na superfície do rio é bastante cobiçada pela indústria da construção civil. De forma ilegal e sem controle, a areia é retirada do leito do rio, que fica cada vez mais seco. Um dos fazendeiros denunciou a extração ilegal de areia do Capibaribe e o Conselho Estadual do Meio Ambiente baixou uma resolução proibindo a extração, mas não há como recuperar o prejuízo.

A terceira reportagem da série Sinal de Alerta vai mostrar, nesta quarta-feira (28), o risco que a água contaminada traz para a saúde e vai explicar por que o desperdício é a principal causa da escassez.

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