Os pais do bebê que teve o corpo incinerado no Imip, nos Coelhos, devem receber o laudo médico e o prontuário do hospital nesta sexta-feira (13). O documento vai esclarecer se a criança chegou ao hospital ainda com vida, como dizem os pais, ou se já chegou morta, como alega a unidade de saúde. De acordo com o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), as informações contidas no documento poderão definir se a postura do hospital em incinerar o corpo foi correta ou não. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
A dona de casa Márcia Silva, 24 anos, teve o bebê no dia 22 de agosto, aos 5 meses de gestação. Ela conta que, apesar do parto prematuro, a menina nasceu bem, no quarto da casa onde mora. A jovem garante que a criança foi levada ao Imip com vida. Como não havia vaga para Márcia no hospital, ela se separou da recém-nascida e foi encaminhada a uma maternidade do Ibura, na Zona Sul do Recife. No dia seguinte, recebeu a notícia de que a filha havia morrido.
O pedreiro Flávio Vieira, esposo dela, foi até o hospital procurar o corpo para providenciar o sepultamento, mas o Imip informou que o feto havia sido incinerado. Segundo a presidente do Cremepe, Helena Carneiro Leão, a legislação permite aos hospitais incinerar os fetos de até 20 semanas que nascem mortos e com menos de 500g. Mas a médica defende que a família tem direito ao laudo médico e ao prontuário para saber se o bebê se enquadrava nesses critérios de óbito fetal.
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