Moradores de Parque Capibaribe, em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife (RMR), protestaram no último sábado (19), no Hospital Petronila, contra uma suposta negligência médica. A população fez a manifestação após o sepultamento da jovem Carina de Lima e Silva, 23 anos, e do bebê que ela estava esperando, no cemitério de Tiúma, em São Lourenço. A jovem, que estava grávida de oito meses, morreu na última sexta (18), após receber alta nas três vezes que procurou a unidade de saúde.
De acordo com o marido de Carina, o ajudante de pedreiro João Luiz Benício da Silva, 23 anos, a esposa foi socorrida três dias seguidos na unidade de saúde alegando sentir fortes dores na barriga e febre. Na unidade, os médicos apenas remediavam a jovem e mandavam-na de volta para casa, dizendo que ela não estava em trabalho de parto, mesmo sem realizar nenhum exame, como ultrassom.
Na quinta-feira (17), terceiro dia de dores, ao dar entrada na Maternidade Amiga da Família, em Camaragibe, Carina foi transferida para o Hospital Barão de Lucena, na Zona Oeste do Recife, onde foi feita uma cesárea e ela faleceu. O laudo médico indica que o feto já estava morto no útero da mãe e que a mulher teve insuficiência respiratória aguda e mal formação congênita do rim.
A diretoria do Hospital Petronila Campos disse que o procedimento médico foi feito corretamente e que será apurado com o profissional quais foram os exames feitos na gestante e se houve negligência médica. O caso, segundo ela, será investigado pelo Comitê de Mortalidade Materna do município.
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