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Sem catadores de lixo, prefeitura não daria conta da coleta seletiva no Recife

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Publicado em 13/11/2013 às 10:40

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Trabalhando em cooperativas ou por conta própria, os catadores de lixo prestam um importante serviço aos moradores da Região Metropolitana do Recife (RMR). Apesar do esforço, no entanto, eles não têm o reconhecimento que merecem, seja por não terem condições dignas de trabalho ou por não contarem com a solidariedade da população. Esse é o tema da última reportagem da TV Jornal da série #lixodetodos.

Os catadores também são obrigados a trabalhar sem segurança, salubridade e dignidade, pois há carência de equipamentos de proteção, capacitação profissional e valorização. Situação desproporcional à importância do serviço de coleta seletiva que a prefeitura não conseguiria fazer sozinha.

De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Pernambuco tem cerca de 20 mil catadores. No Recife, quatro mil catadores rodam as ruas em busca de material reciclado, como latinhas de cobre e alumínio, consideradas as mais rentáveis. O material também é pego pelos caminhões de coleta seletiva da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) do Recife. O principal desafio é integrar a população nesse processo, fazendo com que ela separe adequadamente o lixo que produz.

Todo o material coletado é direcionado a cinco galpões espalhados pela capital. Um deles, localizado no bairro de São José, no Centro, chega a receber dois caminhões por dia, lotados de plástico, papelão, ferro, alumínio e papel, que são separados, pesados e prensados por catadores que trabalham em regime de cooperativa. Alguns deles sobrevivem com cerca de R$ 250 mensais.

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