A família da criança que se feriu em um acidente provocado por uma juíza em Boa Viagem, na última segunda-feira (25), quer processar a magistrada. A mãe do menino de 10 anos, Maria de Fátima da Silva Lisboa, contou que o advogado de Maria Cristina Souza Leão de Castro, juíza da 2ª Vara da Família da Comarca de Jaboatão dos Guararapes, ofereceu ajuda para o tratamento de Gilson Manoel da Silva Xavier. Porém, a mãe se queixa de que a criança nao recebeu socorro da magistrada na hora do acidente.
O garoto sofreu uma fratura na perna esquerda e passou por uma cirurgia no joelho no Hospital da Restauração. O acidente ocorreu na Rua Dom João VI. A juíza dirigia o carro em alta velocidade e bateu em outro veículo que estava parado. Com a pancada, esse carro bateu em outros dois que também estavam estacionados. Gilson estava entre os automóveis, perto da calçada, e teve parte da perna esmagada. Populares disseram que a Maria Cristina apresentava sinais de embriaguez e que policiais militares que estavam na ocorrência facilitaram a saída dela para livrar o flagrante.
A magistrada foi levada para um hospital particular do Recife, com ferimentos em uma das mãos. O delegado Arlindo Teixeira, da Delegacia de Plantão de Boa Viagem, disse que foi com agentes da CTTU até o hospital para onde a magistrada foi levada, mas ela se negou a fazer o teste do bafômetro. O delegado solicitou a realização de exame de sangue para verificar se Maria Cristina havia ingerido bebida alcoólica.
A delegada Jéssica Japiassú remeteu o caso ao Tribunal de Justiça de Pernambuco, já que, por lei, a polícia não pode investigar juízes, o que cabe ao TJPE. A produção da TV Jornal não conseguiu localizar a juíza para responder à denúncia de que o acidente teria sido provocado por ingestão de bebida alcoólica.
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