Política

Denúncias contra o presidente Michel Temer repercutem em Pernambuco

TV Jornal
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Publicado em 18/05/2017 às 18:50

-Reprodução/TV Jornal

As denúncias que abalaram o país na noite da última quarta-feira (17) seguem com forte repercussão. Após o presidente da República Michel Temer (PMDB) afirmar que não vai renunciar ao cargo, mesmo com toda a pressão em Brasília, alguns políticos pernambucanos se posicionaram sobre as denúncias.

O vice-governador Raul Henry, que é presidente do PMDB em Pernambuco, divulgou nota oficial dizendo que as denúncias contra o presidente Michel Temer devem ser rigorosamente apuradas, "assim como deve ser apurada qualquer denúncia contra qualquer cidadão em um regime democrático, onde todos são iguais perante a lei. A saída da inegável crise política precisa acontecer dentro das regras estabelecidas pela Constituição Federal", disse. O governador Paulo Câmara (PSB) ainda não se pronunciou oficialmente.

Ministros

Dentre os cinco ministros pernambucanos, apenas um anunciou oficialmente a saída. O agora ex-ministro Roberto Freire (PPS) entregou na tarde dessa quinta-feira (18) uma carta de renúncia ao cargo no ministério da Cultura. O ministro da Defesa Raul Jungmann, também do PPS, garantiu que seguirá no cargo e na direção das Forças Armadas. O ministro das Cidades Bruno Araújo (PSDB) também segue no governo a pedido do seu partido. Os ministros da Educação e de Minas e Energia, Mendonça Filho (DEM) e Fernando Filho (PSB), não definiram, até o momento, um posicionamento sobre a continuidade no Governo Temer.

Denúncias

Uma reportagem do jornal O Globo antecipou, na noite dessa quarta-feira (17), o conteúdo da delação premiada de Joesley e Wesley Batista, do grupo JBS, à Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo reportagem, em encontro gravado em áudio, em março deste ano, pelo empresário Joesley Batista, Temer teria sugerido que se mantivesse pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e ao doleiro Lúcio Funaro para que estes ficassem em silêncio.

O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, no Supremo Tribunal Federal (STF) homologou hoje as delações. O conteúdo dos textos estão sob sigilo. Fachin também autorizou a abertura de inquérito para investigar o presidente da República.