Morreu na madrugada desta segunda (16), a diarista, Fernanda Kelly Gomes da Silva, de 22 anos. Ela estava internada no Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, área central do Recife, desde a última sexta-feira (13), vítima de espancamento. De acordo com os familiares, a mulher foi brutalmente espancada pelo ex-companheiro, Eliziaro Gomes da Silva, com quem tinha 2 filhos, de 3 e 5 anos de idade.
Por não aceitar o fim do relacionamento, o ex-companheiro teria dado uma garrafada na mulher e depois batido a cabeça dela contra um tanque. Ainda de acordo com a família, Fernanda havia denunciado as agressões no ano passado, e Eliziaro teria sido preso e solto após pagar fiança. Após esse espancamento, o acusado foi preso em flagrante, na sexta-feira, por tentativa de feminicídio. A família ainda não informou quando o corpo de Fernanda Kelly vai ser enterrado.
Feminicídio
Desde 2015, a morte de mulher por questão de gênero ou no ambiente de violência doméstica e familiar é classificada como feminicídio, o que aumenta a pena para o acusado e transforma esse tipo de homicídio em crime hediondo. O crime passou a constar nos boletins de ocorrência da Polícia Civil de Pernambuco em setembro deste ano, substituindo a motivação passional para feminicídio.