Caso Beatriz

Caso Beatriz: Promotores deixam investigações

TV Jornal
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Publicado em 28/11/2017 às 19:50

-Reprodução/TV Jornal

As investigações do assassinato da menina Beatriz Mota, de 7 anos, em Petrolina, sofrem mais uma mudança. Após o anúncio de mudança de delegada no caso Beatriz Mota, o inquérito do crime foi assumido por Polyanna Néry, três promotores de Justiça pediram para sair da força-tarefa criada pelo Ministério Público de Pernambuco para esclarecer o crime. A saída foi anunciada na semana passada à Procuradoria Geral de Justiça e novos profissionais já foram designados para o caso. A informação foi revelada pelo Blog Ronda JC.

Polyanna Néry é a quarta delegada a assumir o inquérito do crime, que completa dois anos no próximo dia 10 de dezembro. Beatriz foi encontrada morta com 42 facadas em um depósito da escola em que estudava, em Petrolina, para solucionar o caso uma força-tarefa do MPPE foi criada em junho do ano passado para ajudar nas investigações. Desde então, promotores se debruçaram em longos depoimentos e provas colhidas pela polícia para contribuir com estratégias para montar o quebra-cabeça e descobrir quem foi o verdadeiro assassino de Beatriz, a motivação do crime e se houve mandante.

Deixaram a força-tarefa os promotores Rosane Moreira Cavalcanti, Júlio César Soares Lira, Lauriney Reis Lopes. Eles foram substituídos por Fernando Latta Camargo e Érico de Oliveira Santos. O único que permanece no grupo desde o início é o promotor Bruno de Brito.

Relembre o caso

Beatriz foi encontrada morta com 42 facadas em um depósito da escola em que estudava, em Petrolina. A investigação revelou que durante o evento muitas pessoas avistaram o homem descrito no retrato falado, que vestia uma camiseta verde e calça jeans. As testemunhas disseram tê-lo visto fingir que bebia água no bebedouro onde a criança disse que iria antes de ser assassinada.

Nos depoimentos, o suspeito foi descrito como de olhar “assustador e intimidador”. Uma criança ouvida disse ainda que ele teria a chamado para buscar mesas e cadeiras, mas, com medo, ela correu. Até mesmo um funcionário da escola percebeu a presença do desconhecido e ficou no local esperando que outro aluno tomasse água para não deixá-lo sozinho com o homem.

Para chegar ao suspeito, a polícia analisou as imagens internas e externas da escola, incluindo as do evento (feitas por fotógrafos, cinegrafistas profissionais e participantes). Foram analisadas 4.270 fotos oficiais da festa e mais de cinco terabytes de fotos e vídeos cedidos pela população. A faca também foi analisada. No utensílio foi identificado um perfil de DNA masculino.

A imagem dele foi divulgada pela polícia pela primeira vez em março deste ano. Desde então, vários possíveis suspeitos foram denunciados pela população e foram encaminhados para exames de DNA. Mas até hoje nenhum deles foi considerado o assassino.