EXPLOSÃO DE GÁS

Terceira vítima de explosão de botijão de gás morre em hospital

TV Jornal
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Publicado em 02/12/2017 às 13:34

-Reprodução/TV Jornal

Depois de 15 dias internada no Hospital da Restauração, a terceira vítima de uma explosão de gás ocorrida no dia 18 de novembro, em Jaboatão dos Guararapes, faleceu neste sábado. De acordo com assessoria de comunicação da unidade, Maria Betânia Silva Balbino, de 24 anos, não resistiu aos ferimentos provocados pelo acidente e veio a óbito pouco depois da 0h. Parentes estiveram na unidade para dar início ao processo de liberação do corpo da vítima. Quatro vítimas ainda permanecem internadas na Unidade de Tratamento de Queimados do HR

Relembre o caso

Na manhã do sábado de 18 de novembro, uma explosão de um botijão de gás deixou dois adultos e cinco crianças da mesma família feridos em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O caso aconteceu na Rua Lourenço Rocha, no Alto da Fábrica, no bairro do Padre Roma. As sete vítimas foram atendidas no Hospital da Restauração (HR), após serem socorridas por vizinhos.

A dona-de-casa Rosilda Ribeiro da Silva, de 43 anos, contou que o marido Roberto Balbino, de 62 anos, comprou o gás a um vendedor que estava no local. “O rapaz colocou o gás, mas ficou vazando. Aí meu marido foi tentar arrumar e acendeu a luz da cozinha. Foi quando explodiu tudo. Eu saí da cozinha com meu bebê recém-nascido no braço, mais ficaram outros três filhos e dois netos. Foi horrível, uma gritaria danada, as crianças e minha filha (Maria Betânia Balbino, 24) pegando fogo. Foi Deus quem me tirou da cozinha, senão meu filho de três semanas estaria morto agora”, relatou chorando.

Rosilda contou, ainda, que sequer tinha água em casa para apagar o fogo. “O Alto da Fábrica está sem água nas torneiras há mais de 20 dias. O reservatório que temos em casa estava quase vazio. Foi preciso que os vizinhos trouxessem água para apagar o fogo”, diz, lembrando que os Bombeiros só chegaram depois que o fogo já havia sido apagado. A dona de casa diz que a empresa que vendeu o botijão é clandestina e que eles compraram o gás porque estavam precisando de imediato. Questionada pela reportagem se vai prestar queixa ou buscar ressarcimento na Justiça ela disse que não saberia como proceder.

Precariedade

“O Alto da Fábrica é um lugar desprovido de tudo. Não tem água, esgoto nem segurança. Foi preciso uma vizinha que tem uma cisterna em trazer com água para apagar o fogo, enquanto os vizinhos apagavam as chamas das pessoas. Eu socorri uma das crianças de 3 anos. Vi o cabelo dela pegando fogo e a pela caindo. Foi a coisa mais triste que já vi na minha vida”, conta o vizinho Luiz Carlos da Silva.