Refúgio

Iraquianas refugiadas em Pernambuco solicitam Carteira de Trabalho

TV Jornal
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Publicado em 29/01/2018 às 19:44

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Os iraquianos Magida Darwish, de 20 anos, Ida Aman Heji, de 24 anos, e Lavan Dawud, de 4 anos, iniciaram um novo capítulo de suas vidas nesta segunda-feira (29/01). As estrangeiras foram até a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, na Zona Norte do Recife, solicitar a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). Com o documento, elas desejam conseguir um emprego e alcançar a estabilidade no Brasil. Os três foram interceptada com passaportes falsos no Aeroporto Internacional do Recife Gilberto Freyre, no dia 30 de dezembro de 2017. Como a localidade de origem deles, a região autônoma do Curdistão, no Oriente Médio, encontra-se em guerra civil, o caso foi tratado pelo Governo de Pernambuco como causa humanitária.

As iraquianas afirmam que pretendem aprender a língua portuguesa, conseguir emprego e, assim, continuar em Pernambuco. O garoto Lavan já está frequentando a escolinha e pronuncia algumas palavras em português, como: obrigado, bom dia e mosquito. “Diferente de onde estávamos, a vida aqui tem sido tranquila e agradecemos a todos os envolvidos pelo que vêm nos proporcionando. Estamos nos estabelecendo aos poucos, mas não é uma situação fácil. Estamos longe das nossas famílias. Isso é muito doloroso”, diz Magida.

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Moradia

Os três permanecerão abrigados na Comunidade Obra de Maria, em São Lourenço da Mata, até que consigam se manter financeiramente. De acordo com o Comitê Nacional para Refugiados (Conare), enquanto os trâmites processuais para legalização das iraquianas no país estão em andamento elas não poderão ser extraditadas. O órgão possui cerca de 50 mil pedidos de refúgio e o prazo para julgamento é de, pelo menos, dois anos.

Os passaportes oficiais dos três já foram entregues, o pedido de refúgio no Brasil foi oficializado junto ao Conare, que já expediu o protocolo que servirá como documento que garante provisoriamente a legalidade deles no País. Além da CTPS, Magida e Ida também já têm registro no Cadastro de Pessoa Física (CPF). “Qualquer refugiado que chegar aqui no Estado terá toda a assistência da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos. Essa é uma determinação do governador Paulo Câmara, que tem acompanhado diretamente essa questão. O Brasil é um País aberto às comunidades internacionais e Pernambuco tem o mesmo entendimento”, ressalta o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico.