Cassado

Diploma do acusado de matar Artur Eugênio é cassado pelo Cremepe

TV Jornal
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Publicado em 18/04/2018 às 17:48

-Reprodução/TV Jornal

O médico Cláudio Amaro Gomes teve o diploma cassado pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), nesta terça-feira (18). Na sessão de julgamento, os amigos e parentes da vítima foram para a sede do Cremepe, no bairro do Espinheiro, protestar contra o acusado de assassinar o médico Artur Eugênio em 2014.

De acordo com o Advogado Daniel Lima, que faz a defesa da viúva da vítima, o título de médico foi destituído de Cláudio por voto unânime do conselho. Ainda segundo o advogado, Cláudio foi julgado pelo ato infracional de "exagerar a gravidade do diagnóstico, complicar a terapêutica ou exceder-se no número de visitas, consultas ou quaisquer procedimentos médicos", que consta no Art. 35 do Código de Ética Médica (CEM), como ações vedadas ao profissional de medicina.

A prática desleal com outro médico, prevista no Art. 51 do CEM, também foi realizada a todo instante do crime pelo, até então, médico. Outra infração cometida foi a de "utilizar-se de sua posição hierárquica para impedir que seus subordinados atuem dentro dos princípios éticos" (Art. 56 do CEM).

Por fim, Cláudio foi julgado por "exercer a Medicina e a Farmácia para obter vantagem pelo encaminhamento de procedimentos (...) cuja compra decorra de influência direta em virtude de sua atividade profissional" (Art. 69 do CEM). Mesmo tendo infringido quatro artigos do Código de Ética Médica, o acusado tem até 30 dias para recorrer da decisão ao Conselho Federal de Medicina (CFM).

Relembre o caso

O médico Artur Eugênio de Azevedo foi assassinado a tiros no dia 12 de maio de 2014. O corpo do cirurgião só foi encontrado no dia seguinte, às margens BR-101, no bairro de Comporta, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife.

De acordo com a denúncia oferecida ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o crime teria sido motivado por desentendimentos profissionais entre Cláudio Amaro Gomes e a vítima. A investigação, comandada pelo delegado Guilherme Caraciolo, apontou, ainda, que Cláudio Amaro Gomes seria o mandante do crime. Um quinto acusado, Flávio Braz, foi morto numa troca de tiros com a Polícia Militar, no dia 8 de fevereiro de 2015.

Cláudio Amaro, está preso preventivamente no Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife.