No Estaleiro Atlântico Sul (EAS), 90% dos funcionários vão receber férias coletivas. A decisão foi tomada na manhã desta sexta-feira (1º) em reunião do Sindicato dos Trabalhadores. Conforme o estaleiro, a paralisação foi necessária pela falta de insumos básicos que não chegaram ao estaleiro por conta da paralisação dos caminhoneiros.
Com a medida, cerca de 3.100 funcionários, que não contavam com insumos para trabalhar há três dias, foram liberados por 12 dias, até que os materiais cheguem ao estaleiro. De acordo com Taniele Cavalcanti, Gerente de Recursos Humanos do EAS, os outros 10% estão trabalhando em “caminhos críticos de produção”.
Estima-se um prejuízo de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões, por dia, pela mão de obra parada. Conforme o estaleiro, é registrada a falta de matéria prima para produção, arames de solda, insumos básicos e gás.
Reoneração
Para reduzir em R$ 0,46 o preço do diesel, o governo adotou, entre outras medidas, a reoneração da folha de pagamento da indústria naval. “Se nada mudar, o estaleiro terá um prejuízo de R$ 35 milhões ao ano”, conta Taniele Cavalcanti.
Com a mão de obra mais cara, as indústrias podem optar por demitir funcionários. A estimativa aponta para um total de 18 mil demissões somente em indústrias de Pernambuco.