CASO ALDEIA

Caso Aldeia: defesa de suspeitos da morte de médico recorrerá ao STJ

TV Jornal / JC Online
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Publicado em 26/07/2018 às 14:35

-Foto: Leopoldo Monteiro/TV Jornal

A Defesa da farmacêutica Jussara Rodrigues Paes da Silva, 54 anos, e do seu filho, o engenheiro Danilo Paes, de 23, entrará com um novo pedido de habeas corpus junto ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Os dois, que estão presos desde o último dia 4 de julho, são os principais suspeitos de terem matado o médico e advogado Denirson Paes da Silva, que foi encontrado esquartejado e em um poço no quintal de sua casa, em um condomínio de Aldeia.

O novo pedido será realizado após duas negativas do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), sendo o último recusado por unanimidade na tarde de ontem, em sessão realizada na 1° Câmara Criminal.

De acordo com Alexandre Oliveira, advogado de defesa de Jussara e Danilo, o novo pedido será necessário já quem segundo ele, o TJPE tem um histórico de negar habeas corpus em casos como esse. “Todas as vezes que eu e outros colegas da área criminal vamos ao STJ, temos tido resultados positivos. Lá o entendimento tem sido diferente dos desembargadores daqui do estado”, afirmou.

A prisão dos suspeitos é temporária, com duração de 30 dias, mas que pode ser ampliada caso a polícia entenda que a farmacêutica e o filho possam atrapalhar as investigações. Jussara continua presa na Colônia Penal Feminina do Recife, na Iputinga, e Danilo no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.

O caso

O cardiologista foi visto pela última vez no dia 31 de maio chegando em sua residência. No dia 20 de junho, a esposa do médico havia registrado um boletim de ocorrência registrando o desaparecimento de Denirson. Após investigações, polícia desconfiou de Jussara e do filho mais velho do casal e solicitou um mandado de busca e apreensão no condomínio onde a família morava.

Lá, foram encontrados os restos mortais do cardiologista. Mãe e filho foram autuados em flagrante por ocultação de cadáver. As investigações pela Polícia Civil apontam que o pedido de separação por parte do médico pode ter sido a principal motivação para o crime.