Investigação

Caso Aldeia: prorrogadas prisões temporárias de suspeitos

TV Jornal
TV Jornal
Publicado em 02/08/2018 às 20:10

-Reprodução/TV Jornal

As prisões temporárias dos suspeitos de matarem o médico Denirson Paes da Silva, 54, foram prorrogadas. A Polícia Civil de Pernambuco solicitou a prorrogação das prisões da esposa, Jussara Rodrigues Silva Paes, e do filho mais velho, Danilo Rodrigues Paes, por mais 30 dias, que foi concedida pela Justiça. O novo prazo começa a ser contado a partir do dia 05 de agosto, quando terminaria o tempo da prisão temporária. Com isso, o inquérito também tem o prazo estendido.

Médico é enterrado

O corpo do médico cardiologista e advogado Denirson Paes, de 54 anos, foi liberado pelo Instituto de Medicina Legal (IML) no dia 27 de julho e enterrado no dia 28 de julho em Campo Alegre de Lourdes, na Bahia, cidade de natal do médico, onde será enterrado.

-Reprodução/TV Jornal

Até agora não foi liberado o resultado do exame tanatoscópico, que pode identificar a causa da morte do médico. A Polícia Civil ainda não concluiu as investigações sobre a morte do cardiologista.

Relembre o caso

Prisão

A esposa, Jussara Paes, e o filho do médico Denirson Paes da Silva, 54, que foi encontrado morto dentro de um poço em um condomínio em Camaragibe tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça no último dia 5.

Os suspeitos, que foram autuados por ocultação de cadáver, passaram por audiência de custódia no Fórum de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, chegaram a ser liberados durante audiência de custódia, para responder em liberdade e teriam sido isentos da aplicação da fiança no valor de R$ 954 mil.

Mas, ao final da sessão, a Polícia Civil chegou ao Fórum com um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. Com isso, Jussara foi encaminhada para a Colônia Penal Feminina Bom Pastor, no Recife, e Danilo Paes para o Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel).

Já no dia 12 de julho, a justiça negou o pedido de habeas corpus feitos pelo advogado da farmacêutica e do filho mais velho do casal. Alexandre Oliveira sugeria que a dupla cumprisse prisão domiciliar em outra casa da família, em Aldeia, até uma nova decisão da justiça.

O caso

O corpo do médico cardiologista, que também é advogado, foi encontrado na tarde do dia 4 de julho em avançado estado de decomposição. O cadáver estava dentro de um poço pertencente à casa onde a vítima morava com a família, no condomínio residencial Torquato Castro, localizado no Km 12 de Aldeia, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. O médico estava desaparecido há cerca de um mês. Ele tinha, inclusive, uma viagem marcada para Miami (EUA) para o dia 2 de junho.

A esposa da vítima havia registrado um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento do médico no dia 20 de junho deste ano. Nos registros, a mulher alegava que a vítima teria viajado para fora do País e não havia retornado. Durante as investigações, a delegada Carmem Lúcia Silva Andrade, que está à frente do caso, desconfiou da participação da esposa e de um dos filhos do casal, um jovem de 23 anos, no desaparecimento do médico. As autoridades policiais solicitaram um mandado de busca e apreensão na residência da família e levaram os dois para prestar esclarecimentos na Delegacia de Camaragibe.