Cultura e Lazer

27º Edição do Festival da Cultura Judaica movimenta o Bairro do Recife

TV Jornal
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Publicado em 02/12/2018 às 12:08

-Foto: Felipe Ribeiro/ JC Imagem

O Festival da Cultura Judaica ocupará a Rua do Bom Jesus, no Bairro do Recife, na tarde deste domingo (2), com sua culinária peculiar e atrativa ao paladar pernambucano. O tema escolhido pela Federação Israelita de Pernambuco (Fipe) para a 27ª edição do evento foi Tikun Olam e Educação – Construindo um mundo melhor.

Tikun Olam é uma expressão hebraica que, traduzida ao pé da letra, significa 'consertar o mundo', explica a presidente da Fipe, Sônia Sette. “Pela educação se constrói um mundo melhor, é disso que precisamos. Ao priorizarmos a educação, colocamos o ser humano no centro da ação social. Somente com ela é possível trabalhar por uma sociedade mais íntegra e solidária”, declara Sônia Sette.

O tema do festival será explorado em uma exposição e também em duas rodas de conversa, que serão realizadas na sede do Museu Sinagoga Kahal Zur Israel. A primeira, Judaísmo e Educação, será conduzida por Jáder Tachlitsky, das 16h às 16h30. Ida Katz orientará a segunda roda de conversa, Tikun Olam – reparando o mundo, das 17h às 18h30. “A educação é um aspecto muito forte da tradição judaica”, diz ela.

É o conceito de educação como instrumento de justiça social no mundo que a comunidade judaica pretende compartilhar no festival, das 15h às 19h. A escolha do tema se insere nas comemorações pelo centenário do Colégio Israelita, em 2018. A escola terá uma tenda e vai expor a linha do tempo do estabelecimento de ensino em 100 anos de existência.

Chanuká

A 27ª edição do Festival da Cultura Judaica, este ano, coincide com o primeiro dia da Festa de Chanuká (Festa das Luzes), quando a comunidade judaica recorda o milagre do azeite profanado no templo sagrado pelos greco-sírios, há mais de 2.200 anos. Depois do episódio, os judeus encontraram apenas um pouco de azeite puro no templo, suficiente para acender a menorá por um dia. “A vela acesa durou oito dias, o suficiente para se obter o novo azeite puro”, informa Sônia Sette.

Na Festa de Chanuká as famílias acedem um candelabro (menorá) de oito braços. A cada dia, uma vela é iluminada e a festa não tem data fixa, porque segue o calendário lunar judaico. “Domingo, vamos acender a primeira vela de Chanuká, no palco do festival”, diz a presidente da Federação Israelita. Em seguida, a partir das 17h, tem início show com a Orquestra Messibah.

Comida

As barracas de comida, com opções doces e salgadas, oferecerão pela primeira vez um prato etíope, uma pasta feita com lentilha e especiarias, acompanhada de pão fabricado com fermento especial. “É uma comida feita na Etiópia por judeus há muitos anos e, com a migração para Israel, levada para a sociedade israelense”, comenta Sônia Sette.

A programação também inclui apresentação de dança, feira de artesanato judaico, literatura e um espaço para divulgação do krav maga, técnica de defesa pessoal criada na década de 1940, em Israel, e difundida no planeta. “É uma técnica que dá condição às pessoas de se defenderem de um adversário mais forte, para as mulheres é importante”, observa.