Polícia

Operação da Civil encontra armas de fogo e drogas com suspeitos de integrarem milícia

Entre os suspeitos está Luciano Josuel de Santana, investigado pela participação na morte do proprietário do Clube Águas Finas, Mário Cavalcanti Goveia Filho

Eduardo Medeiros
Eduardo Medeiros
Publicado em 20/05/2019 às 14:40
Divulgação / PC
FOTO: Divulgação / PC

Em coletiva realizada nesta segunda-feira (20), a Polícia Civil do Estado detalhou a operação Punisher, que na semana passada prendeu doze pessoas, nos municípios de Camaragibe e Paudalho, suspeitas de integrar milícia.

Ainda segundo a polícia, foi constatada a constituição de milícia, além de homicídios, latrocínios, tráfico de drogas, roubos qualificados e formação de organização criminosa. Com o grupo também foram encontradas e apreendidas armas de fogo, drogas, aparelhos celulares e um carro. A operação foi comandada pela titular da 9ª Delegacia Seccional (Desec), Euricélia Nogueira.

Entre os suspeitos, Luciano Josuel de Santana, investigado pela participação na morte do proprietário do Clube Águas Finas, Mário Cavalcanti Goveia Filho. O latrocínio aconteceu no dia 23 de abril. Luciano também é apontado como líder da milícia.

A operação

As investigações da operação Punisher começaram em setembro de 2018, quando na época, dois homens foram mortos no quilômetro 13 de Aldeia, Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. Nesse período dois suspeitos chegaram a ser detidos.

Segundo informações da Polícia Civil, já existia a suspeita de que uma milícia atuava no local, mas a população tinha medo de prestar depoimento e isso dificultava a criação de uma operação. Foi somente depois do duplo homicídio que se pôde dar início às investigações na área, concluídas nessa sexta-feira (17).

Caso Aldeia

Na madrugada do dia 23 de Abril, pelo menos 15 homens encapuzados invadiram o Parque Aquático Águas Finas, no quilômetro 17 da Estrada de Aldeia, em Paudalho. A ação resultou na morte do dono do local, o empresário Mário Cavalcanti Gouveia Filho, 79 anos.


Após o crime, os suspeitos fugiram do local levando nove armas de uma coleção pessoal de Mário. Segundo a delegada Euricélia Nogueira, a invasão teria sido planejada 30 dias antes, sob motivação financeira.