Resistência

Dois anos depois do acidente na Tamarineira, pai e filha são exemplos de superação

"Quem cura tudo é o amor", falou o pai, após de relembrar toda a tragédia

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 26/11/2019 às 13:57
Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
FOTO: Foto: Filipe Jordão/JC Imagem

Superação, determinação e alegria. Essas três palavras se encaixam bem na história de vida do pai identificado por Miguel Silveira, de 48 anos, e da filha Marcela, vítimas do acidente que interrompeu três vidas no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife, quando um motorista alcoolizado bateu contra o carro que dirigia.

“Quem cura tudo é o amor. Eu digo que eu sou quem ela segura com os dois braços. Mas nas costas dela têm tias, primas, os avós. Ela mostra para a gente que a esperança não acaba com isso aí não. Esse acidente não vai tirar nossa esperança de trilhar nosso caminho, de fazer o bem, de desejar o bem. De ir em busca de uma vida correta, uma vida de amor”, afirmou em entrevista ao Jornal do Commercio.

>>>Acidente na Tamarineira: um ano depois, Miguel tenta lidar com perdas

Futuro

Para o próximo ano, Miguel já faz planos. Com o objetivo da evolução da menina, ele planeja levá-la a Espanha para experimentar um novo tratamento com células-tronco e hormônio do crescimento.

Prisão

Dois anos depois da colisão, o condutor do veículo causador do acidente permanece detido no Cotel. João Victor Ribeiro, 27, foi preso preventivamente no mesmo dia. O jovem responde por triplo homicídio doloso, quando há a intenção de matar, e por lesão corporal dupla grave.

O acidente

O acidente que aconteceu no dia 26 de novembro de 2017 na Tamarineira, deixou três pessoas mortas, incluindo a mãe de Marcela, Maria Emília Guimarães, de 39 anos, o irmão da garota, Miguel Neto, 3 anos, e a babá Roseane Maria de Brito, 23, grávida de três meses, não sobreviveram à tragédia. Mas Marcela, a filha mais velha do casal, hoje com 7 anos, contornou as previsões médicas iniciais e ensina à família uma lição de esperança.