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Ação do MPPE pode fazer Prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker, perder cargo por improbidade administrativa

A mãe do menino Miguel e outras duas funcionárias estavam cadastradas como funcionárias do município

Robert Sarmento
Robert Sarmento
Publicado em 01/07/2020 às 19:24
Reprodução/Facebook
FOTO: Reprodução/Facebook

Uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa foi ajuizada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), nesta quarta-feira (01) contra o prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker. Com isso, ele pode perder o cargo e ficar inelegível, de acordo com a apuração da colunista Igor Maciel, da coluna Cena Política, do Jornal do Commercio. A secretária municipal de Educação, Maria da Conceição do Nascimento, também é alvo da ação.

Além de requerer a condenação dos agentes públicos pela utilização de recursos do município para pagar por serviços particulares prestados nas casas da família do prefeito, o MPPE também apresentou pedido cautelar com o objetivo de bloquear parte dos bens dos réus a fim de assegurar o pagamento das multas previstas na Lei de Improbidade Administrativa (Lei Federal nº 8.429/92) em uma eventual condenação.

Mãe de Miguel como funcionária da prefeitura

De acordo com o MPPE, no caso do prefeito de Tamandaré, as práticas causaram enriquecimento ilícito, lesão ao erário e violação aos princípios da administração pública em razão da nomeação, para cargos comissionados no quadro funcional da Prefeitura, de três mulheres que eram de fato funcionárias domésticas da família Hacker, sendo uma delas a mãe de Miguel Otávio, Mirtes Renata.

Leia mais na coluna Cena Política

A Prefeitura de Tamandaré comunicou ao MPPE alegou que o prefeito Sérgio Hacker devolveu os valores aos cofres municipais e que, por esse motivo, não teria havido lesão ao erário.

Caso Miguel

A Polícia Civil de Pernambuco divulgou o resultado do inquérito da morte de Miguel Otávio Santana da Silva e indiciou Sarí Corte Real, esposa do prefeito de Tamandaré, por abandono de incapaz pela queda do menino de cinco anos do 9º andar de um condomínio de luxo, o bairro de Santo Antônio, área central do Recife. Caso seja condenada pela Justiça, Sarí pode pegar de 4 a 12 anos de reclusão.