ENERGIA ELÉTRICA

Conta de energia fica mais cara em Pernambuco a partir desta quarta (01)

O reajuste na conta de energia foi adiado pela Celpe por causa dos impactos causados pela pandemia do novo coronavírus

Marcello Casal Jr./Agência Brasil
FOTO: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A partir desta quarta-feira (1º de julho), o reajuste tarifário da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) passa a vigorar para todas as distribuidoras de energia, incluindo a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe).

Os índices deveriam ter entrado em vigor nos meses de abril e maio, porém, foram adiados para o mês presente, em virtude dos impactos provocados pela pandemia do novo coronavírus.

Com o reajuste anual da conta de energia previsto para o último mês de abril, a Celpe está entre as distribuidoras do País que postergaram a aplicação dos índices.

Os novos percentuais foram homologados pela Aneel ainda em abril, no entanto, a variação proporcional das tarifas começa a ser aplicada apenas a partir de julho. A percepção integral pelos consumidores ocorrerá em agosto, quando se completa todo o período de leitura após a aplicação tarifária.

Reajuste

Na área de concessão da Celpe, o índice médio do reajuste tarifário anunciado pela Aneel foi de 5,16%. Para a baixa tensão, que inclui os clientes residenciais, o efeito médio será de 4,88%. A variação percebida pelos clientes atendidos em alta tensão, como indústrias e comércio de médio e grande porte, será de 5,93%.

Composição da Tarifa

Do valor cobrado na fatura, 43,3% são destinados para pagar os custos com a compra e transmissão de energia. Os tributos (encargos setoriais e impostos) continuam tendo uma grande participação nos custos da tarifa de energia elétrica, representando 33,7% do total. Apenas 23% ficam na Celpe, para cobrir os custos de operação, manutenção, administração do serviço e investimentos. Isso significa que, para uma conta de R$ 100,00, por exemplo, cerca de R$ 23,00 sã destinados efetivamente à empresa, para operar e expandir todo o sistema elétrico do estado.

A parcela do recurso que fica com a distribuidora é aplicada, sobretudo, na manutenção e modernização da rede de distribuição que atende a hospitais e unidades de saúde, serviços essenciais para combate à pandemia da Covid-19. A empresa investe na digitalização de serviços comerciais, assegurando mais conforto e comodidade aos clientes.