A expectativa do Sindicato dos Estabelecimento de Ensino de Pernambuco (Sinepe-PE) sobre o retorno às aulas presenciais no Estado não se confirmou, pois o Governo de Pernambuco optou por prorrogar o prazo de proibição e manter as aulas para o ensino básico apenas de forma online até o dia 22 de setembro. Em entrevista ao Por Dentro com Cardinot, o presidente do Sinepe-PE, José Ricardo Diniz, criticou a decisão do governo estadual.
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‘’Uma nota de três linhas em que apenas prorrogou por 8 dias as atividades nas escolas. Deixou evidente que não há argumento técnico, social e legal. O discurso se esvaziou. Evidencia que educação não é a prioridade para o poder público. A gente nota que se pegar o conjunto de atividades, educação e ensino é mais dispensável e, por isso, está no fim da fila. Não dá para aceitar que seja por conta da preocupação do contágio do novo coronavírus’’, afirmou.
Nota do Governo de Pernambuco
O Governo de Pernambuco, após reunião do Gabinete de Enfrentamento à COVID-19, decidiu prorrogar até o dia 22, a suspensão das aulas presenciais na Educação Básica em todo o Estado. Os dados serão avaliados novamente na próxima segunda-feira, para deliberação sobre o cronograma do plano de retorno das redes pública e privada.
Rede privada e pública
Ao ser perguntado sobre como as escolas particulares receberam mais um adiamento para a retomada das aulas presenciais, o presidente do Sinepe-PE voltou a defender a desvinculação do retorno em conjunto da rede privada e da rede pública, além de afirmar que o Governo de Pernambuco está tendo uma atitude ‘’política’’ e não técnica.
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‘’Tecnicamente, a gente observa que as opiniões vão mudando e a gente nota, com clareza, que a questão é de decisão política. Por isso, a gente insiste em desvincular a data de retorno da escola de rede privada, que estão prontas, da escola de rede pública. Essa ideia de retorno conjunto não se sustenta mais no Brasil inteiro’’, criticou o presidente.