covid-19

Professora e duas funcionárias de escola em Itaquitinga infectadas com covid-19 após voltarem ao trabalho presencial

A diretora do Sintepe revelou os casos de covid-19 e comentou sobre a decisão do desembargador do TJPE em decretar a greve ilegal

Com informações do Por Dentro com Cardinot
Com informações do Por Dentro com Cardinot
Publicado em 05/10/2020 às 16:19 | Atualizado em 18/07/2023 às 9:05
WELINGTON LIMA/TV Jornal
FOTO: WELINGTON LIMA/TV Jornal

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou, através de decisão proferida pelo desembargador Fábio Eugênio, o encerramento da greve do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, decretada na última quinta-feira (01).

A diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), Ivete Caetano, concedeu entrevista ao Por Dentro Com Cardinot e revelou que alguns profissionais de educação voltaram ao trabalho em uma escola em Itaquitinga e testaram positivo para a covid-19.

"A delegada sindical do Sintepe é dessa escola, e informou que alguns professores voltaram no dia 29 (de setembro) e, por decisão deles, resolveram ir na Secretária de Saúde, e uma das professores testou para positivo para a covid-19 e, hoje, duas merendeiras também testaram positivo para a covid-19", relatou.

"O Governo de Pernambuco vai colocar alunos e trabalhadores de educação na escola, sem testagem obrigatória, e qualquer um pode estar com covid-19 e contaminar os outros, como nessa escola em Itaquitinga", contou.

Justiça determina greve de professores ilegal

De acordo com o desembargador, os professores não correm um risco maior de contrair o novo coronavírus, em comparação com outros profissionais.

Como a greve dos professores estaduais foi considerada ilegal pela Justiça, também foi fixada uma multa diária no valor de R$ 50 mil, em caso de descumprimento.

"Inicialmente, o sindicato não foi notificado. Nós soubemos pela imprensa. Decretamos a greve e será deflagrada nesta segunda-feira (05). Cumprimos todos os prazos legais. A lei exige a comunicação ao empregador com no mínimo de 72 horas", explicou Ivete Caetano

"No dia 30 (de setembro) foi feita a assembleia e no mesmo dia seguiu o aviso ao Governo de Pernambuco. O que ele (desembargador) coloca como motivo para ilegalidade, não existe. Nós demos o prazo de 72 horas de prazo para fazer a deflagração", concluiu.

Os professores são contra o retorno das atividades presenciais do ensino médio, a partir do 3º anos, por acreditarem não haver condições sanitárias nas escolas para prevenir o novo coronavírus.

O Sintepe e mais de 1.500 professores e trabalhadores da rede estadual de ensino optaram por decretar a greve. Já os professores da rede privada de Pernambuco decidiram entrar em estado de greve.