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Câmara dos Vereadores adia votação do fim da dupla função de motoristas de ônibus do Recife

De acordo com a colunista do Jornal do Commercio, Roberta Soares, foi o quinto adiamento da votação do fim da dupla função de motoristas de ônibus do Recife

Robert Sarmento
Robert Sarmento
Publicado em 19/10/2020 às 16:09 | Atualizado em 08/05/2023 às 13:04
Jailton Junior/ JC Imagem
FOTO: Jailton Junior/ JC Imagem

A Câmara de Vereadores do Recife adiou a votação do Projeto de Lei 05 de 2019, que aconteceria nesta segunda-feira (19), sobre a proibição dos motoristas de ônibus acumularem a função de cobradores de ônibus na capital pernambucana.

O adiamento aconteceu por causa do recebimento de uma emenda de plenário, feita pelo vereador Davi Muniz (PSB), e voltou para às Comissões (temáticas) da Casa, o que pode levar duas semanas, em média, para retornar ao plenário.

O projeto de lei já tramita há um ano e esse foi o quinto adiamento em dois meses.

Em entrevista à jornalista Roberta Soares, da coluna Mobilidade, do Jornal do Commercio, o autor da PL 05, o vereador Ivan Moraes (Psol) comentou o adiamento da votação e pediu para que a sessão seja retomada.

“Apelo, novamente, para que a Câmara enfrente essa questão. Estamos falando de um projeto que está na Casa desde o início de 2019. Falamos de trabalhadores, pais de família que aguardam um posicionamento nosso. Que estão sendo demitidos e contam com esse projeto”, disse.

Protestos proibidos e demissões

O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT), determinou que os motoristas, cobradores e fiscais de ônibus deixem de realizar novas paralisações dos serviços de transporte público. A decisão é liminar, e foi dada pela vice-presidente do TRT, Dione Nunes Furtado.

Além disso, a decisão prevê multa de R$ 30 mil por cada futuro protesto que venha a acontecer a ser paga pelo Sindicato dos Rodoviários. Os rodoviários do Recife reclamam da dupla função exercida pelos motoristas e as demissões dos cobradores.

Durante um protesto no Centro do Recife, os rodoviários afirmaram que mais de 3 mil profissionais foram demitidos durante a pandemia da covid-19, além de reclamarem da superlotação dos ônibus e pedir para serem prioridade nos testes da covid-19.