Luto

Covid-19: Brasil chega a 200 mil mortes, com números recordes de casos e óbitos em 24h

Somente nas últimas 24 horas, Brasil registrou 87.843 novos casos e 1.524 mortes a mais pela doença

Karina Costa Albuquerque
Karina Costa Albuquerque
Publicado em 08/01/2021 às 10:24 | Atualizado em 01/06/2023 às 8:22
ACÁCIO PINHEIRO/AGÊNCIA BRASÍLIA
Pacientes com lúpus ou artrite não correm risco maior diante do covid-19, diz estudo - FOTO: ACÁCIO PINHEIRO/AGÊNCIA BRASÍLIA

Com informações da Agência Brasil

O Brasil atingiu a marca de 200 mil mortes causadas pela covid-19. De acordo com a última atualização do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, o país registra, agora, 200.498 óbitos pela doença.

Nas últimas 24 horas, houve 1.524 novos óbitos. Este foi o segundo dia com mais mortes notificadas durante todo o período de pandemia, ficando atrás somente do dia 29 de julho, quando foram confirmadas 1.595 novas vítimas. Ainda existem 2.543 óbitos sob investigação.

Ao todo, 664.244 pessoas infectadas com o vírus estão em acompanhamento médico. Outras 7.096.931 pessoas (89,1% do total) se recuperaram da covid-19 no Brasil.

Recorde de casos em 24h

O país soma um acumulado de casos da doença próximo a 8 milhões. Segundo o balanço do Ministério da Saúde, foram 7.961.673 brasileiros infectados desde o início da emergência sanitária.

Nas últimas 24 horas, 87.843 novos casos foram registrados, sendo este o maior número em toda a pandemia. Anteriormente, o dia com mais novos casos de covid-19 foi 16 de dezembro de 2020, com 70.574.

Mortes nos estados

Até o momento, o estado com mais mortes por covid-19 é São Paulo (47.768). Em seguida, vêm os estados do Rio de Janeiro (26.292), Minas Gerais (12.366), Ceará (10.096) e Pernambuco (9.763).

No Brasil, os estados com menos óbitos pela doença são Roraima (793), Acre (821), Amapá (956), Tocantins (1.257) e Rondônia (1.890).

Repercussão

Por meio de nota, o Ministério da Saúde diz se solidarizar com as "famílias que perderam entes queridos". No comunicado, a pasta afirma estar "trabalhando incansavelmente para para garantir vacinas seguras e eficazes à população" e ressalta o papel dos profissionais de saúde no combate à pandemia.

"É importante ressaltar que é a força de cada um dos profissionais de saúde - como médicos, enfermeiros, cuidadores, técnicos e demais profissionais - que fazem o Sistema Único de Saúde (SUS) funcionar", destaca.

"Triste marca"

Sobre as 200 mil mortes pela covid-19 no Brasil, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) classificou como uma "triste marca".

Segundo os secretários, o Sistema Único de Saúde mostrou a sua necessidade para a população. Mas a entidade ainda alerta os vários desafios pela frente.

"Precisamos estar atentos a todas as providências para aquisição de insumos essenciais ao sucesso da iniciativa, com seringas e agulhas. Neste momento, há um estoque suficiente para atender as demandas da primeira fase da iniciativa", iniciou.

"É essencial, porém, que uma compra nacional, pelo Ministério da Saúde, seja realizada em quantidades que garantam a vacinação contra covid-19 e a reposição de estoques que necessitaram ser remanejados", cobrou a Conass.

"Profundo pesar"

Pelas redes sociais, o Conselho Nacional de Saúde (CNS), colegiado que envolve governos, gestores, profissionais e associações de pacientes, lamenta o sofrimento de brasileiros e brasileiras.

"Nossas entidades manifestam o seu mais profundo pesar pelas vidas perdidas, muitas das quais evitáveis e resultado da inação e da irresponsabilidade dos mandatários da nação para o enfrentamento da pandemia", diz o conselho na nota.

"Sentimo-nos entristecidos pelo sofrimento incalculável dos milhões de brasileiras e brasileiros infectados e mortos pela covid-19 e de seus familiares", lamenta o CNS.

Vacinação

Através de pronunciamento por rádio e TV, o ministro Eduardo Pazuello diz que o governo garantiu a disponibilidade de 354 milhões de doses de imunizantes, de três laboratórios, para a campanha de vacinação no Brasil em 2021.

Além disso, o titular da pasta afirmou que estão disponíveis atualmente cerca de 60 milhões de seringas e agulhas para dar início à vacinação da população ainda em janeiro.

"Temos, também, a garantia da Organização Pan-Americana de Saúde [Opas] de que receberemos mais 8 milhões de seringas e agulhas em fevereiro, além de outras 30 milhões já requisitadas à Abimo [Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos], a associação dos produtores de seringas", declarou.