Economia

Câmara aprova Medida Provisória do novo salário mínimo de R$ 1.100

Para críticos, o aumento do salário mínimo não contempla a escalada da inflação e da crise econômica gerada pela pandemia.

Karina Costa Albuquerque
Karina Costa Albuquerque
Publicado em 27/05/2021 às 9:00
Adriano Machado/Bloomberg
FOTO: Adriano Machado/Bloomberg

A Câmara aprovou o texto-base da Medida Provisória (MP) que fixou o salário mínimo no valor de R$ 1.100, nessa quarta (26). Trata-se de um aumento de 5,26% (R$ 55) em relação ao valor do ano passado, de R$ 1.045. A MP ainda passará por análise do Senado.

Valor

O valor proposto pelo governo para este ano corresponde à variação de 5,22% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), no período de janeiro a dezembro de 2020. O INPC apura a inflação mensal das famílias com renda de um a cinco salários-mínimos. Como os preços subiram neste ano, as projeções do governo mudaram. Na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) havia sido sugerido um mínimo de R$ 1.088.

>> Grupo GR oferece vagas para a função de porteiro no Recife; veja como se candidatar

>> Prefeitura de Igarassu irá abrir seleção simplificada com salários de R$ 9,8 mil

>> Rede de doces e kits de festas oferta vagas de emprego no Recife; veja como concorrer

Críticas

Alguns deputados reclamaram do reajuste fixado pelo governo. Para eles, o aumento não contempla a escalada da inflação e da crise econômica gerada pela pandemia. “Sabemos que é importante qualquer reajuste que seja, embora seja indigno no mesmo momento que a inflação está descontrolada, que aumenta o desemprego, que há insegurança alimentar da população, a contrapartida seja um aumento de apenas 5% [no salário]”, disse Tadeu Alencar (PSB-PE).

Defesa do Governo

Representantes da base governista afirmaram que o governo fez o possível com o reajuste. “Claro, se o presidente Bolsonaro pudesse dar um aumento muito maior, ele daria. Mas não tem previsão orçamentária para uma correção maior. Foi a correção possível. Se tivéssemos possibilidades, um reajuste muito maior seria oferecido”, disse o deputado Sanderson (PSL-RS).