COVID-19

Covid-19: Pode beber depois de tomar a vacina da Sputnik V?

Pernambuco deve receber doses da vacina Sputnik V na próxima semana e resta a dúvida se pode beber depois de receber o imunizante

Gustavo Henrique
Gustavo Henrique
Publicado em 09/07/2021 às 10:20 | Atualizado em 29/07/2022 às 13:22
Reprodução/Instagram
FOTO: Reprodução/Instagram

A vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Centro Gamaleya, na Rússia, atingiu 91,6% de eficácia contra a Covid-19 e um ótimo perfil de segurança, segundo dados preliminares de uma pesquisa publicada no periódico The Lancet.

Parte das informações já havia sido antecipada em um comunicado no fim de 2020, mas a confirmação dos achados e avaliação de cientistas não envolvidos com o trabalho dá robustez aos dados.

Nessa quinta-feira (8), estados começaram a assinar o termo de compromisso com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importação e uso emergencial de cerca de um milhão de doses da vacina russa contra covid-19 Sputnik V.

A expectativa é de que o imunizante chegue até a próxima semana, entrando por Pernambuco.

Quais os efeitos colaterais da vacina Sputnik V ?

O perfil de segurança foi considerado satisfatório. Nenhuma das reações adversas graves encontradas no estudo foi atribuída às doses, de acordo com um comitê independente de monitoramento dos dados.

Foram observadas quatro mortes, mas, de novo, nenhuma teve relação com a vacina. Os efeitos colaterais mais observados foram desconforto no local da injeção, dor de cabeça, cansaço e sintomas gripais leves.

Associação da vacina contra Covid-19 ao álcool

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), envolvida nas decisões do Programa Nacional de Imunização (PNI), divulgou que nenhuma das vacinas, incluindo as contra a covid-19, desaprova a ingestão de bebidas alcoólicas ou exige precauções.

Não há interferência na resposta imunológica ou aumento dos riscos adversos. Porém, é importante lembrar que o abuso no consumo de álcool pode vir a enfraquecer o sistema imunológico.

Dessa forma, aumentam os riscos de infecções por vírus e bactérias, além de trazer outros prejuízos à saúde.

Chegada da Sputnik V a Pernambuco

Neste primeiro momento, seis estados do Nordeste receberão uma quantidade suficiente para duas doses de 1% da população.

Para Pernambuco serão 192 mil doses. O Piauí foi autorizado a importar 66 mil doses; o Maranhão, 141 mil doses; Sergipe, 46 mil doses; o Ceará, 183 mil doses e a Bahia, 300 mil doses.

A Anvisa informou que alguns condicionantes devem ser cumpridos previamente à chegada da vacina ao Brasil, incluindo o envio ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) dos documentos e insumos necessários à realização das análises e a apresentação de medida de mitigação do risco pelos fabricantes.

"Mesmo após a chegada ao Brasil, a vacina só poderá ser utilizada após avaliação e liberação pelo INCQS, o que permitirá comprovar a ausência de vírus replicante na vacina e assegurar seus aspectos de qualidade e segurança", disse a Anvisa.

No total, são 37 milhões de doses da vacina Sputnik V fechadas em contrato com o Consórcio Nordeste.

"As 37 milhões de doses da Vacina Sputnik V, que já salva vidas em outras partes do mundo, vêm para ajudar a ampliar vacinados e imunizados no Brasil", disse o presidente do Consórcio Nordeste e governador do Piauí, Wellington Dias (PT).

Ele continua: "Vamos alcançar a meta traçada lá atrás de vacinar toda demanda brasileira com mais de 18 anos até outubro".

Em coletiva de imprensa na terça-feira (6), o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, afirmou que as doses chegariam em até 15 dias.

"Nossa expectativa é de que a vacina esteja disponível nos próximos 15 dias. Deve entrar no Brasil por Pernambuco. O aeroporto do Recife deve ser o que vai receber a importação da Sputnik. Estamos ultimando os detalhes para viabilizar o processo de importação", explicou.