Política

Senador Renan Calheiros afirma não ver 'risco' de Bolsonaro ser reeleito

"Avalio que, sob nenhuma hipótese, correremos o risco de ter a reeleição do presidente Jair Bolsonaro", disse Calheiros

TV Jornal
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Publicado em 23/08/2021 às 17:30 | Atualizado em 25/03/2022 às 18:00
Agência Brasil
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Com informações do UOL.

O senador e relator da CPI da covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL) disse, nesta segunda-feira (23), que não vê 'risco' de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ser reeleito em 2022.

Segundo o senador, a comissão — que investiga as ações e eventuais omissões do governo federal na pandemia — ajudou a "erodir" a popularidade de Bolsonaro, e os constantes ataques do presidente à CPI são "consequência" disso.

"Avalio que, sob nenhuma hipótese, correremos o risco de ter a reeleição do presidente Jair Bolsonaro. O desespero dele é consequência disso", disse Renan à jornalista Flávia Oliveira, durante participação no 16º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo investigativo).

O relator também afirmou que os atos bolsonaristas convocados para 7 de setembro são uma reação ao temor de Bolsonaro de responder na Justiça pela forma que atuou — ou deixou de atuar — durante a pandemia de covid-19.

"Essa coisa de golpe, ameaça, insinuação, pode continuar a acontecer, mas muito em consequência do desespero do presidente, que na medida que vê a possibilidade de reeleição evaporar, teme ter de responder penalmente pelo que fez com o país no enfrentamento da pandemia", completou.

>>Bolsonaro formaliza pedido de impeachement de Alexandre de Moraes

Coices autoritários

Pouco antes, em uma rede social, Renan já havia criticado Bolsonaro pelo que chamou de "coices autoritários" contra o STF (Supremo Tribunal Federal).

Na última sexta-feira (20), o presidente enviou ao Senado um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes e anunciou que, "nos próximos dias", ainda apresentaria um pedido contra o ministro Luís Roberto Barroso, que também é presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

"Os coices autoritários de Bolsonaro não miram só o STF. Ameaçam o Estado Democrático de Direito. Desobediências às leis têm de ser enfrentadas pelo Congresso, que tem obrigação de agir. O medo da eleição, da prisão e do Tribunal Penal internacional desnorteiam o capitão", escreveu.