Julgamento

Jurados se reúnem com juíza para definir destino dos canibais de Garanhuns

Réus devem ter sentença definida por volta das 20h e podem pegar até 30 anos de prisão

Site Da TV Jornal
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Publicado em 14/11/2014 às 19:06

-Reprodução/TV Jornal

Os três acusados de matar, esquartejar e comer o corpo da adolescente Jéssica Camila da Silveira Pereira, em 2008, terão sentença definida por volta das 20h desta sexta-feira (14). Os jurados do caso já estão reunidos com a juiza para decidir o destino dos réus, podem pegar até 30 anos de prisão, caso sejam condenados. Jorge Beltrão, 52 anos, Isabel Cristina, 53, e Bruna Cristina, 28, foram ouvidos durante todo o dia no Fórum de Olinda, onde ocorreram pronunciamentos dos promotores, advogados, réplicas e tréplicas, que acabaram pouco antes das 19h. A promotoria pediu pena máxima para os três.

O segundo dia do julgamento dos "Canibais de Garanhuns" teve início com o pronunciamento da promotora Eliane Gaia. Ela defendeu a tese de que os três réus são igualmente culpados pela morte de Jéssica. Eliane destacou que Jorge Beltrão seria um grande manipulador e ressaltou que Bruna era uma atriz. A promotora disse que os réus devem responder pelos mesmos crimes.

O advogado de Bruna Silveira, Rômulo Lyra, afirmou que a cliente estava muito nervosa no depoimento que prestou no primeiro dia de julgamento (13), negou que ela teria sido irônica e reforçou a ideia de que a ré foi forçada por Jorge a cometer o crime. O advogado defendeu a diminuição da pena de Bruna, pela menor participação no crime.

A defesa de Isabel Silveira seguiu a mesma linha. O advogado dela ressaltou que a cliente tinha medo de Jorge e que participou do assassinato de Jéssica porque teria sido obrigada pelo ex-marido.

A defensora pública de Jorge Beltrão, Tereza Joacy, contestou o exame de sanidade feito pelo psiquiatra Lamartine de Holanda. A defesa alega que Jorge tem distúrbio mental e deve receber tratamento médico.

O destino dos acusados será conhecido ainda nesta sexta, após a juíza Maria Segunda se reunir com o júri popular. Se os jurados entenderem que os réus são culpados, a juíza deve aplicar a pena.



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