O tenente da Polícia Militar e o produtor de eventos acusados de espancar um segurança de bar no Derby, na área central do Recife, já prestaram depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). De acordo com a delegada Andréa Busch, que investiga o caso, Gleidnaldo Silva Santos e o oficial Joacir Justino da Silva entraram em contradição.
Eles foram ouvidos por mais de quatro horas. O produtor de eventos justificou as agressões alegando estar embriagado. A advogada de defesa, Silvana Duarte, explicou que o cliente não teve intenção de matar quando usou um tijolo para acertar a cabeça do segurança. Segundo a delegada, o consumo de bebida alcóolica e de medicamentos controlados não justifica o crime e não livra a penalidade.
O segurança do bar Lucas Silva, vítima das agressões, também compareceu ao DHPP para prestar depoimento e foi ouvido por uma hora e meia. Assustado, ele reafirmou que não xingou o tenente e disse que só pediu para que o oficial obedecesse as normas do estabelecimento. A vítima acredita que a intenção dos suspeitos era cometer um assassinato.
A polícia tem 30 dias para fechar o inquérito. O tenente e o produtor de eventos devem ser indiciados por tentativa de homicídio. Além dos depoimentos, a delegada espera o resultado das perícias. A análise traumatológica, que indica o grau de lesão sofrida pela vítima, deve sair na próxima semana. Dez pessoas já foram ouvidas. Cinco testemunhas devem prestar depoimentos nesta sexta (19), entre elas, o proprietário do bar e os funcionários que presenciaram a agressão.
O Povo naTV
Por Ciro BezerraA cobrança por soluções e a constante fiscalização das ações do poder público, em um programa feito para mostrar o que há de melhor e o que há de problemas no Grande Recife