Cuidados

Após morte de empresário com suspeita de infecção, confira cuidados ao consumir ostras

Especialista explica os perigos no consumo do crustáceo

ISABEL CRISTINA ARAUJO DO NASCIMENTO
ISABEL CRISTINA ARAUJO DO NASCIMENTO
Publicado em 27/12/2019 às 15:49
Reprodução/TV Jornal
FOTO: Reprodução/TV Jornal

A ostra é um pedido comum em ambientes de lazer, sendo um famoso ''tira gosto'', principalmente no verão. No entanto, após a morte de um empresário de 60 anos, na quinta-feira (26), com suspeita de ter consumido porção de pelo menos 14 ostras, a atenção sobre o crustáceo aumentou em Pernambuco.

>>>Empresário morre com suspeita de infecção após comer ostras<<<

Cuidados com a ostra

Geralmente servida cru e adicionada de temperos como limão, azeite e sal, a ostra pode causar uma infecção provocada por várias bactérias, dentre as quais a Vibrio vulnificius - que se instala em uma ferida no corpo, começa a consumir a carne ao seu redor e se espalha rapidamente. O infectologista Felipe Prohaska explicou quais cuidados e perigos o consumo de ostras pode oferecer.

“O tipo de bactéria é variável dentro da ostra, ela serve como um filtro dentro mar absorvendo todo tipo de bactéria, e ao consumir o ser humano estará consumindo essa bactérias, e quanto mais tempo ela fica fora do mar, ela vai acumulando mais bactérias e secando.

É comum esse tipo de infecção principalmente nas ostras, porém em todos os frutos do mar é necessário saber duas coisas, primeiro a origem e depois seu condicionamento. A partir do momento que a ostra fica fora do aquário ela começa um processo de putrefação, podendo gerar diversos sintomas de desconforto no corpo humo como: diarréia, desidratação, olhos fundos”, explica.Dicas

Dicas

  • Dar preferência ao consumo em bares e restaurantes. A maioria dos localizados na região compra ostras criadas em cativeiros no Rio Grande do Norte.
  • Se consumir na praia, deve ser logo cedo, pois o risco é maior no final do dia.
  • Verificar as condições de higiene do ostreiro.
  • Nem sempre a ostra vai apresentar alterações de cheiro e sabor, mas é preciso atenção, uma vez que os micro-organismos patogênicos não são deteriorantes, ou seja, não estragam o alimento.
  • Procurar saber a procedência do molusco e ter uma pessoa de confiança para comprar.
  • Buscar indicações e o histórico da procedência do estabelecimento.
  • Conferir se os baldes usados nas praias estão com gelo. Na maioria das vezes, não, o que aumenta o risco.

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