Investigação

Delegada Gleide Ângelo diz que pai raptou filha para atingir ex-mulher

TV Jornal
TV Jornal
Publicado em 26/07/2016 às 13:40

-Reprodução/TV Jornal
A delegada Gleide Ângelo contou, nesta terça-feira (26), os detalhes sobre o caso da bebê Júlia Cavalcanti Alencar, de 1 ano e 10 meses, raptada pelo pai em Olinda. De acordo com ela, o engenheiro cartográfico Janderson Rodrigo Salgado Alencar premeditou toda ação para atingir a ex-companheira, Cláudia Rogéria Cavalcanti.

"Ele queria tirar a menina da mãe eternamente, de vez. Eu disse a ele que isso não é amor. Quem ama, quer o bem. Ele fez de uma forma para atingir Cláudia. Qual a melhor forma de atingir uma mãe? Tirar o filho dela! Ainda mais dessa forma", pontuou a delegada.

Para Gleide Ângelo, ao levar Julia Cavalcanti Alencar, Janderson expôs a menina a situações desgastantes. "Ela estava em um lar, em um local seguro. Eu disse a ele: 'Você tirou tudo isso da sua filha para colocar ela em risco. Viajando, com dinheiro na bolsa, dormindo em qualquer local, expondo a tudo. Isso é amor?' E ele só responde: Me negaram de ver minha filha!".

Porém, segundo a delegada, a menina não foi impedida de ver o pai. A medida protetiva que existe é em relação à mãe da bebê, e não à criança. "O tempo todo ele diz que é pai, que tem o direito e quer criar a filha. Mas ninguém negou o acesso. Foi o que expliquei. A protetiva que Cláudia entrou na justiça foi para ele não se aproximar dela e não da filha", pontuou.

Ainda segundo Gleide Ângelo, exames foram solicitados para comprovar se houve maus-tratos. A polícia tem 10 dias para concluir o inquérito e entregar à Justiça.

O caso - O engenheiro cartográfico Janderson Rodrigo, 29 anos, fugiu com a filha, Júlia Cavalcanti, 1 ano e 10 meses, após levar a bebê para passear, no último dia 11. O homem foi localizado na noite do sábado (23), na cidade de Santana, no Amapá.

Cláudia e Jardeson estavam separados desde o ano passado, quando ficou determinada pela Justiça a guarda unilateral. A menina passou a morar com a mãe em Olinda e o pai tinha direito a uma visita por fim de semana, mas na segunda vez em que foi buscar a filha, não a trouxe de volta.

Por descumprir o acordo, o caso passou a ser considerado rapto pela polícia. Antes de sumir com a menina, o engenheiro havia sacado dinheiro o que levou a polícia a acreditar que o crime foi planejado.

+VÍDEOS